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Número de peregrinos em SP decepciona

DIÓGENES CAMPANHA DE SÃO PAULO

Iniciada ontem em todo o Brasil, a Semana Missionária que antecede a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) deve ter, na capital paulista, uma presença de peregrinos estrangeiros bem menor do que os organizadores esperavam.

A Arquidiocese de São Paulo, que em dezembro estimava receber 30 mil estrangeiros, está abrigando 10 mil.

Ao falar sobre a chegada dos peregrinos, o arcebispo dom Odilo Scherer negou que a adesão tenha ficado abaixo da expectativa: "Nós nos preparamos para receber o máximo possível. Não tínhamos nenhuma referência de número a receber", disse.

Outros religiosos, no entanto, têm explicações para o resultado. "A crise na Europa acabou limitando as participações", disse o bispo auxiliar dom Julio Akamine, vigário da região episcopal da Lapa (zona oeste de São Paulo). "Esperávamos 3.000 peregrinos e vieram 500."

O padre Marcos de Miranda, coordenador da juventude na Diocese de Santo Amaro, na zona sul, responsabiliza os protestos de rua que ocorreram no Brasil nas últimas semanas pelo resultado.

A diocese estimava abrigar 5.000 jovens, mas recebeu 2.000. "Houve muitos cancelamentos. A imagem que passou lá fora foi a de manifestações violentas, com quebra-quebra de ônibus. Você acha que uma família confia em deixar o filho viajar a um lugar assim?", questionou.


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