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Protestos terminam em confronto, feridos e cinco presos no Rio

Manifestações perto do Palácio Guanabara começaram pacíficas e bem humoradas, mas dispersão foi violenta

Além de impedir máscaras, PM usa balas de borracha e bombas de efeito moral; boneco de Cabral é queimado

DOS ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO DO RIO

Mais uma vez, manifestações que começaram com humor e deboche terminaram em violência, bombas de efeito moral e tiros de borracha ontem na zona sul do Rio.

Manifestantes, policiais e jornalistas ficaram feridos. Cinco pessoas foram detidas pela Polícia Militar.

Atingido por um coquetel molotov, um PM sofreu queimaduras graves no tórax e foi levado para o hospital da corporação. A PM informou que outros policiais também sofreram queimaduras.

O manifestante Leonardo Caruso diz que foi baleado na perna. A Secretaria de Segurança do Rio afirma que a bala era de borracha.

O confronto começou a poucos metros do Palácio da Guanabara, por volta das 20h, onde o papa Francisco tinha sido recebido pela presidente Dilma Rousseff e o governador Sérgio Cabral.

Após a saída deles do palácio, teve início o embate. Balas de borracha e as bombas de efeito moral dispersaram a multidão. "Eles [membros da tropa de choque] passaram por aqui e atiraram contra duas senhoras que moram na rua. Elas não estavam em manifestação nenhuma", disse a estudante Isís Ferreira.

O ato, que misturava grupos contrários à visita do papa e ao governador começara por volta das 16h no Largo do Machado, a cerca de um quilômetro do palácio.

À noite, os manifestantes começaram a caminhar em direção à sede do governo. Um boneco representando o governador Cabral foi queimado. Pouco depois começou o confronto. Houve mais tensão quando foram jogados coquetéis molotov próximos a um posto de gasolina.

A polícia perseguiu quem estava mascarado e ordenou que retirassem a proteção. Muitos policiais também cobriam o rosto com máscaras negras sob o capacete. O Brucutu, caminhão que lança jatos d'água para dispersar a multidão, entrou em ação. O papa não passou pelo lugar do confronto.

O grupo, com cerca de 200 pessoas, gritava palavras de ordem como "Fora Cabral".

Antes da caminhada houve confusão nas escadarias da igreja Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado. Três casais homossexuais se beijaram, sob aplausos. Algumas mulheres estavam com os seios à mostra.

Católicos que rezavam na mesma escadaria começaram a gritar: "Viva o papa".


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