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Comitiva erra trajeto e expõe pontífice a tumulto no centro

Comboio de Francisco leva 12 minutos para percorrer trecho de 500 metros

Porta-voz do Vaticano admite 'momentos de apreensão' com cerco; prefeitura e PF divergem sobre culpa

DO RIO

O papa Francisco desembarcara havia pouco mais de meia hora no Rio quando uma falha em seu esquema de segurança permitiu que fiéis se aproximassem do carro que o levava e conseguissem tocá-lo, para desespero da equipe de segurança que cercava o veículo.

Em vez de seguir pela pista do meio da avenida Presidente Vargas, o comboio papal usou a pista lateral, onde estavam estacionados vários ônibus que tinham sido desviados da outra pista.

O automóvel em que o papa seguia, de vidros abertos, ficou preso entre os ônibus e centenas de fiéis. Foram 12 minutos para percorrer um trecho de 500 metros.

Ao ver, pelas câmeras do Centro de Comando e Controle do Exército, que a comitiva do papa caíra no engarrafamento, houve grande tensão entre os responsáveis pela segurança.

"Foi um erro de pista, não se sabe se do batedor ou da prefeitura", disse o ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência, que afirmou ter sido um "alívio" não ter ocorrido nada com o papa no percurso.

APREENSÃO

Em entrevista concedida à noite, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, reconheceu que o cerco ao carro do pontífice causou apreensão em sua comitiva, mas disse que o resultado acabou sendo "positivo".

"O secretário do papa me disse que, quando o carro parou, sentiu medo. Mas o papa, por sua vez, estava sorridente, tranquilo, acenando para as pessoas com a janela aberta. Foi uma experiência extraordinária, onde ele conseguiu ver de perto o entusiasmo dos jovens", contou Lombardi.

Pouco depois da confusão no trajeto, o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, disse que a Prefeitura não sabia qual seria o trajeto que a PF faria do aeroporto até a catedral. "Isso foi mantido em sigilo por questões de segurança".

Em nota divulgada à noite, a PF afirmou que o trajeto tinha sido informado à prefeitura pela manhã.

Apesar dos problemas, a Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, órgão do Ministério da Justiça, que coordena a segurança do papa durante sua visita ao país, avaliou como "positivos" os procedimentos de segurança. (ÍTALO NOGUEIRA, FÁBIO BRISOLLA E MARCO ANTÔNIO MARTINS)


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