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Viagem para Cuba foi missão de trabalho, afirma ministro

Aldo Rebelo diz que usou jato da FAB porque tinha agenda oficial em Havana

Titular do Esporte não explica atividades de mulher e filho, que pegaram carona no avião do governo

DE BRASÍLIA

O ministro Aldo Rebelo (Esporte) distribuiu nota para reafirmar que esteve em Cuba em missão oficial, mas não explicou os compromissos que sua mulher e seu filho tiveram em Havana no Carnaval.

Como a Folha revelou, Aldo usou avião da FAB (Força Aérea Brasileira) no Carnaval deste ano para ir a Cuba com assessores, a mulher e o filho.

O ministro estava em missão oficial e disse que levou os parentes em avião da FAB sob a justificativa de que eles foram a convite de Cuba.

A Folha tentou falar com a mulher do ministro, Rita, na Secretaria da Mulher do governo do DF, onde trabalha, mas a assessoria disse que ela está em férias. O filho do ministro não foi localizado.

Apesar de a mulher e o filho terem ido em avião oficial, Aldo não explicou na nota o que fizeram lá.

À Folha o ministério disse apenas que os dois "cumpriram programação definida pelo protocolo cubano".

Após a divulgação da nota no site do Ministério do Esporte, a Folha mais uma vez questionou o ministro sobre a agenda da mulher e do filho, mas não houve resposta. Na nota, Aldo relatou apenas sua agenda da missão oficial.

"Não fui passear em Cuba. Fui trabalhar, como mostra a agenda", disse ele.

Questionado pela reportagem, o ministro não disse se devolverá o valor das passagens de seus familiares.

A reportagem cotou preços para duas pessoas, em viagem de ida e volta entre Brasília e Havana na aviação civil. Na primeira semana de agosto, duas viagens de ida e volta custariam mais de R$ 5.500. Para novembro, o valor cai para R$ 3.600.

Outras autoridades, depois de flagradas pela Folha usando o avião da FAB para ir a uma festa e ao jogo da Copa das Confederações, devolveram o dinheiro relativo ao trecho voado.

ÉTICA

A oposição cobrou explicações do ministro. Líderes do DEM, PSDB e PPS defendem que Aldo se explique à Comissão de Ética Pública, vinculada à Presidência, e devolva o dinheiro do voo.

"O ministro é uma pessoa séria, mas se julgou no direito de levar mulher e filho em voo oficial. Aproveitou um evento para produzir férias, juntando o público e o privado. Cabe explicações à Comissão de Ética", afirmou ontem o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN).


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