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A fé é mais forte que o frio e a chuva, afirma papa
Francisco beija crianças e bebe chimarrão no Rio
À multidão que se concentrava para ouvi-lo em sua primeira participação em um evento da Jornada Mundial da Juventude, ontem à noite na praia de Copacabana, o papa Francisco disse que "o trem" da Jornada Mundial da Juventude chegou à última etapa do projeto "bote fé".
"Sempre ouvi dizer que os cariocas não gostam do frio e da chuva. Mas vocês estão mostrando que a fé é mais forte que o frio e a chuva. Você são verdadeiros guerreiros", começou ele, de improviso.
Na praia, a temperatura estava em torno de 15ºC.
O papa apareceu para a multidão às 17h20, quando subiu no papamóvel e iniciou o percurso do Forte de Copacabana até o palco da jornada, localizado no Leme. Por toda a praia, onde foram instalados telões, o público gritava quando a imagem do pontífice aparecia.
CHIMARRÃO
Sorridente, Francisco beijou crianças e distribuiu acenos. Recebeu até um chimarrão de um peregrino, sorveu o mate e devolveu a cuia.
Mais tarde, na sua segunda intervenção, Francisco explicou o que significa "bote fé". "Quando se prepara um bom prato e vê que falta o sal, você então bota o sal; falta o azeite, então bota o azeite", afirmou.
"É assim também na nossa vida, queridos jovens: se queremos que ela tenha realmente sentido e plenitude, como vocês mesmos desejam e merecem, digo a cada um e a cada uma de vocês: bote fé e a vida terá um sabor novo, terá uma bússola que indica a direção", declarou.
CRÍTICAS
O papa voltou a criticar o que tem chamado de "cultura descartável" e "ídolos passageiros": "É verdade, o ter, o dinheiro, o poder podem gerar um momento de embriaguez, a ilusão de ser feliz, mas, no fim de contas, são eles que nos possuem e nos levam a querer ter sempre mais, a nunca estar saciados. Bote Cristo na sua vida, deposite nele a sua confiança e você nunca se decepcionará!"
Perto do final da segunda intervenção, um desafio aos jovens: "Meus amigos, a fé é revolucionária. Eu lhe pergunto hoje: está disposto, está disposta a entrar nesta onda de revolução da fé?
