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Vai ser diferente na Copa e na Olimpíada, afirmam autoridades

Desafio da visita do papa é maior, dizem o ministro da Justiça e o prefeito do Rio

DO ENVIADO AO RIO DO RIO

Os governos federal e municipal afirmam que erros cometidos na Jornada Mundial da Juventude são pontuais e não ameaçam o sucesso de eventos esportivos previstos no Rio, como Copa do Mundo (2014) e Olimpíada (2016).

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), e o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), adotaram ontem o discurso de que a visita do papa Francisco é algo muito mais complexo do que qualquer evento esportivo.

"A visita do papa, do ponto de vista de segurança, requer, por exemplo, desafio muito maior em comparação à Copa das Confederações [em junho]. Temos uma autoridade, um chefe de igreja, sem andar num carro blindado, e milhões de pessoas nas ruas", disse Cardozo à Folha.

Para o ministro, com exceção do episódio em que o papa ficou preso no trânsito na chegada ao Rio, a segurança foi "irretocável". A "única falha": o ocorrido na segunda, devido a falhas na comunicação entre prefeitura, governo federal e Igreja Católica, segundo Cardozo. Ele fará balanço do evento com Dilma.

As experiências na Jornada e na Copa das Confederações darão "qualidade de melhoria na coordenação de órgãos distintos", disse o ministro.

NÃO IMAGINA NA COPA

O prefeito do Rio pede que seja levada em conta a dimensão superlativa do evento.

Paes compara: cem mil é o maior volume de pessoas a se deslocar de uma vez em 2016, ao Parque Olímpico. "Isso é nada na Jornada. Qualquer reuniãozinha do papa tem cem mil pessoas. O grau de imprevisibilidade não se repete na Olimpíada e na Copa."

Ele elogiou a operação do metrô nos quatro últimos dias. Na terça, uma pane causou confusão ao paralisar os trens por duas horas. As filas enormes nos outros dias já incomodavam os visitantes.

"Não tem cidade no mundo que estruture uma rede de transporte para tirar de um lugar três milhões das pessoas. É questão de física", disse.

Alterando avaliação anterior, o prefeito afirmou que a nota da Jornada "se aproxima mais de dez do que de zero". Antes, dissera o oposto: está mais para "zero do que dez".

Segundo Paes e Cardozo, a escolha de Guaratiba havia sido tomada em comum acordo com a igreja. Por causa da chuva, os eventos foram para Copacabana.

Pelo Twitter, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), alvo de protestos, celebrou a Jornada e se desculpou: "Peço desculpas pelas falhas ocorridas nos serviços públicos. Todos os servidores se dedicaram ao máximo".

O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho (PT), enfatizou os problemas no metrô, mas classificou o evento como bem-sucedido. "Nenhum deles será tão grande como esse, nem a Copa nem a Olimpíada".


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