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Sem-terra invadem fazenda da Cutrale no interior de São Paulo

Área para plantio de laranjas foi ocupada pela 5ª vez em 4 anos

DE SÃO PAULO

Cerca de 300 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram ontem a fazenda Santo Henrique, na região de Borebi (309 km da capital), no interior de São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, a invasão começou por volta das 7h e ocorreu de forma pacífica. Essa é a quinta vez que a fazenda é invadida em quatro anos. A área, de 2.600 hectares, é usada pela Cutrale para plantio de laranja.

Em seu site, o MST pede que a área, objeto de ação reivindicatória desde 2006, seja destinada à reforma agrária.

O Incra (instituto responsável pela reforma agrária) afirma que a área é pública e que ela integrava o Núcleo Colonial Monções --projeto de colonização para imigrantes patrocinado pelo governo federal no início do século 20.

A Justiça Federal bloqueou a matrícula do imóvel no dia 10 de julho. A decisão impede que ocorram transações como compra e venda até que ocorra uma decisão definitiva sobre o domínio da área.

Em nota, a Cutrale diz que "já demonstrou a legalidade na aquisição da propriedade e está tomando as devidas providências para que a posse da propriedade seja reintegrada". De acordo com a empresa, cerca de 500 funcionários estão sendo impedidos de trabalhar.

A fazenda Santo Henrique ficou conhecida pelo histórico de invasões e depredações. Em 2009, após a primeira invasão, a polícia filmou pessoas passando com um trator sobre pés de laranja. Na época, o MST atribuiu a depredação a pessoas "infiltradas". Em junho deste ano, paredes e máquinas foram pichadas.

O MST diz que o objetivo "nunca foi causar destruição ou vandalismo" e que foi alvo de uma "campanha negativa para esconder os verdadeiros atos criminosos praticados pela Cutrale".


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