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PMs e manifestantes têm novo confronto no Palácio Guanabara

Conflito começou após a expulsão dos professores grevistas que ocupavam o hall da sede do governo

Lista de reivindicações dos docentes inclui uma reposição salarial de 28% e a renúncia do governador Cabral

DO RIO

Três semanas após o grande confronto que opôs policiais e manifestantes após a recepção ao papa Francisco, ontem mais uma vez os dois grupos se enfrentaram em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio.

Lixeiras foram incendiadas, orelhões e uma parada de ônibus foram destruídos. Os manifestantes, estimados em 300 pela Polícia Militar, arrancaram as grades que protegiam o palácio na tentativa de invadir o prédio.

Comerciantes, assustados, fecharam suas lojas. Ao menos uma agência bancária foi depredada. Pedras do calçamento foram arrancadas e atiradas contra os policiais, que reagiram com bombas de gás lacrimogêneo e spray de pimenta.

O conflito começou depois que um grupo de 30 professores, que tinham participado de uma reunião com o vice-governador Luiz Fernando Pezão, decidiu não deixar o palácio. Professores das redes estadual e municipal estão em greve desde quinta.

A pauta do sindicato dos professores tem nove pontos, entre eles a reposição de 28% ao vencimento dos professores e "Fora Cabral, fora [secretário de Educação Wilson] Risolia".

Eles receberam o apoio de manifestantes que faziam um ato na frente da Câmara Municipal em solidariedade às 13 pessoas que desde sexta ocupam o plenário da casa.

Quando chegou a notícia de que os professores estavam ocupando a sede do governo, os manifestantes começaram a correr em direção às pistas do Aterro do Flamengo rumo ao Palácio Guanabara. À frente iam black blocs, alguns com skates. Atordoados com a correria, os policiais não conseguiram acompanhar o grupo.

EXPULSÃO

Pouco antes das 21h, os professores que ocupavam o Palácio Guanabara foram expulsos. Eles reclamaram da violência da polícia.

Em nota, o vice-governador afirmou que "lamentavelmente, após a reunião, parte do grupo decidiu ocupar o Palácio" e que "irredutíveis, foram retirados do local pela segurança".

De acordo com a nota, "grupos radicais desejosos do confronto" tentaram invadir o palácio. "Esses grupos não estão interessados no diálogo e na democracia. Apenas apostam no caos", afirma.

Por volta das 23h os manifestantes começaram a se dispersar. Um grupo pretendia voltar para a Câmara Municipal, onde o protesto havia começado; o outro tinha a intenção de se reagrupar em frente à Assembleia Legislativa --ambas situadas no centro da cidade.


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