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Executivo vira 'supersecretário' no sul de MG

Após deixar a Siemens, Adilson Primo tentou levar unidade da empresa para Itajubá

REYNALDO TUROLLO JR. ENVIADO ESPECIAL A ITAJUBÁ (MG)

Presidente da Siemens no Brasil no período em que a empresa assinou contratos com o governo de São Paulo, Adilson Primo foi demitido da companhia em 2011 e hoje atua como "supersecretário" da Prefeitura de Itajubá, no sul de Minas Gerais.

Após 34 anos de trabalho na multinacional alemã, Primo foi demitido após a empresa descobrir uma conta ligada a ele em Luxemburgo, em episódio não relacionado às denúncias recentes. Hoje, é considerado peça chave para elucidar suspeitas de cartel e de corrupção em licitações com participação da empresa pelo país.

Pouco afeito a entrevistas e com fama de centralizador, Primo, 60, assumiu neste ano a Coordenação Geral e Gestão de Itajubá, pasta criada pelo prefeito Rodrigo Riera (PMDB) especialmente para abrigá-lo.

Na cidade de 90 mil habitantes, Primo é conhecido como "primeiro ministro" e "CEO da prefeitura" --alcunha criada pela imprensa local e incorporada pelo próprio secretário para descrever seu trabalho.

Segundo a prefeitura, enquanto Riera viaja em busca de recursos para o município, Primo responde pela gestão.

Esse protagonismo já causou baixas no primeiro escalão da prefeitura. A então secretária de Ciência, Tecnologia, Indústria e Comércio, deixou o cargo em julho alegando que Primo "interferia" demais em seus projetos.

Natural de São Lourenço, no interior de Minas, Primo formou-se em engenharia elétrica na Faculdade de Engenharia de Itajubá, em 1975.

Ali, estudou com o ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (ex-DEM). Contratos com a Siemens para manutenção do Metrô do DF, assinados durante a gestão Arruda, estão sob investigação no Cade e no Ministério Público.

Em 2011, antes de deixar a presidência da Siemens, Primo anunciou a instalação de duas fábricas da empresa em Itajubá, investimento estimado em R$ 500 milhões.

Inicialmente previsto para entrar em atividade em 2012, o projeto foi adiado para 2013 devido à crise na Europa.

Neste ano, já com Primo atuando na prefeitura, a ida da multinacional a Itajubá foi cancelada.


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