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Opositores de Cabral voltam a enfrentar polícia no Rio

Na Câmara, ativistas arremessaram ovos e pedras contra os vereadores

Professores municipais fazem passeata na zona sul, mas não conseguem ser recebidos pelo prefeito Eduardo Paes

DO RIO

Um ato pedindo a renúncia do governador Sérgio Cabral (PMDB) terminou, mais uma vez, em confronto nos arredores do Palácio Guanabara, sede do governo, e na porta da delegacia para onde foram levados 29 detidos.

Ao se aproximar do palácio, por volta das 20h, aproximadamente 200 manifestantes, na estimativa da Polícia Militar, encontraram um cordão de policiais do Batalhão de Choque.

As grades que nas últimas semanas protegem a sede do governo fechavam a rua, impedindo a aproximação dos manifestantes.

Cara a cara, policiais com capacetes e escudos e manifestantes com rosto coberto começaram a discutir sobre a liberação da via para a passagem de uma van.

Quando os policiais começaram a abrir as grandes, manifestantes tentaram passar. No mesmo momento, de um lado foram arremessadas pedras portuguesas; do outro, bombas de gás.

Policiais que desde cedo acompanhavam a caminhada dos manifestantes foram atingidos pelo gás e correram para se abrigar, junto com os manifestantes.

Vinte e nove pessoas foram detidas e levadas para a delegacia do Catete, bairro próximo. A manifestação então se transferiu para lá.

Por volta das 22h, houve novo confronto. Manifestantes tentaram libertar um homem, detido numa operação sem ligação com os protestos, e a Polícia Militar reagiu com mais bombas.

Uma delas caiu dentro da delegacia. Policiais civis, lacrimejando, saíram em busca do responsável pelo "tiro". Houve um início de discussão com PMs.

Pouco depois, policiais do Core, a chamada tropa de elite da polícia civil, chegaram fortemente armados, com a incumbência de descobrir o responsável pela bomba na delegacia.

Até a conclusão desta reportagem, ainda havia três pessoas detidas. Em torno de cem manifestantes, segundo a PM, se mantinham na porta da delegacia.

OVOS E PEDRAS

O ato "Fora Cabral" foi um dos quatro que aconteceram ontem na cidade do Rio.

Na Câmara Municipal, ocupada desde a última sexta-feira, uma reunião dos vereadores com 11 manifestantes acampados no plenário terminou sem acordo.

Na saída, alguns vereadores foram hostilizados por manifestantes do lado de fora, que atiravam ovos e pedras.

Um dos alvos foi o vereador Luiz Carlos Ramos (PSDC), que saiu correndo. Uma pedra lançada na direção dele atingiu uma mulher que passava pela rua.

Os manifestantes chegaram a instalar um cadeado em um portão lateral da Câmara para impedir a saída dos vereadores.

Pela manhã, professores municipais em greve desde quinta fizeram uma manifestação pelas ruas da zona sul por melhorias nas condições de trabalho.

Eles pretendiam ter uma audiência com o prefeito Eduardo Paes (PMDB). Permaneceram quase uma hora às portas do Palácio e desistiram quando se convenceram que Paes não estava lá.

Na favela da Rocinha, cerca de 50 pessoas, de acordo com a Polícia Militar, protestaram contra o desaparecimento do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, 43.

O grupo fechou, às 19h15, a auto-estrada Lagoa-Barra, que liga os dois bairros na zona sul do Rio, gritando palavras de ordem contra o governador Sérgio Cabral e a Polícia Militar.

A via foi liberada às 21h45. Ontem fez um mês que o pedreiro desapareceu. Ele foi visto pela última vez saindo da UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) da Rocinha.


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