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Mesmo ocupada, Câmara do Rio deve abrir hoje a CPI dos Ônibus
DO RIOCom manifestantes acampados dentro e fora do prédio da Câmara Municipal, a CPI dos Ônibus terá início hoje sob pressão dos ativistas.
Os manifestantes estão insatisfeitos com a composição da CPI, que é formada em sua maioria por vereadores que votaram contra a criação da própria comissão parlamentar de inquérito.
Ontem, uma reunião dos vereadores com o grupo de 11 manifestantes acampados no plenário da Câmara terminou sem acordo.
Eles pediam a renúncia dos quatro membros que eram contrários à investigação sobre o transporte público, entre eles o vereador Chiquinho Brazão, que acabou sendo eleito presidente da CPI.
"A comissão está constituída. Tem de funcionar. Se for reconhecida alguma ilegalidade, anulam-se todos os atos praticados. Mas o poder legislativo tem de exercer o seu papel. E vai exercer", disse Jorge Felippe, presidente da Câmara Municipal.
Os manifestantes criticaram a postura do líder da Casa. "Ele [Jorge Felippe] fugiu do debate político. Dizia apenas que estava dentro da legalidade", disse um dos integrantes do grupo, em entrevista após a reunião com o vereador.
O presidente da Câmara ressaltou que iria tentar alterar o local da sessão desta quinta-feira, agendada para um salão da Casa com capacidade para menos de 20 pessoas --o que inviabilizaria a presença do público.