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Dilma adia escolha de nova chefia do Ministério Público
Presidente deve definir substituto de Roberto Gurgel na próxima semana
Favoritos para a Procuradoria-Geral são Rodrigo Janot e Ela Wiecko; Deborah Duprat corre por fora
A presidente Dilma Rousseff adiou em mais alguns dias a escolha do novo procurador-geral da República, número um na hierarquia do Ministério Público Federal.
O nome substituto de Roberto Gurgel, que ocupou o cargo até quinta-feira, deve ser anunciado no início da próxima semana.
Os favoritos são os subprocuradores-gerais Rodrigo Janot, Ela Wiecko e Deborah Duprat. Nessa ordem de preferência, eles constam na lista tríplice elaborada pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) e enviada em abril passado à Dilma.
Veteranos na disputa, Janot e Ela ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente, na lista tríplice que escolheu Roberto Gurgel em 2011. Ela também integrou a lista de mais votados em 2009, 2005 e 2003, mas nunca em primeiro lugar.
Ontem, auxiliares da presidente apostavam na escolha de Janot. Mas admitem que a presidente não descarta escolher uma mulher ao cargo.
No entanto, assessores próximos relatam que Dilma crê que, se mudar o critério tradicionalmente usado para a indicação, poderá provocar tensão nesta retomada do julgamento do mensalão.
Dilma ficou ontem o dia inteiro no Palácio da Alvorada, sua residência oficial, por causa de uma gripe.
Recebeu no início do dia, porém, os ministros Aloizio Mercadante (Educação), Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Fernando Pimentel (Desenvolvimento), além do ex-ministro Franklin Martins (Comunicação Social), com quem ficou reunida por mais de quatro horas.
Uma vez escolhido o nome, ele deverá passar pelo crivo do Senado, em uma sabatina. Se a indicação for aprovada, o novo titular do Ministério Público poderá assumir definitivamente a vaga.