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PM investiga uso de gás em protesto no Rio

Corregedoria apura ação de policial que atingiu grupo de jornalistas e moradores da zona sul no final de passeata

Vídeo mostra mulher desmaiada e nua após abordagem da polícia; OAB vê 'despreparo' na dispersão de atos

DO RIO

A Corregedoria da Polícia Militar abriu sindicância para apurar por que um policial militar jogou gás de pimenta no rosto de jornalistas, advogados e moradores do bairro do Catete, na zona sul do Rio.

A corporação não informou, até a conclusão desta edição, se tomará medidas contra os outros 11 PMs do Batalhão de Choque que na mesma ação, no final da noite de anteontem, atiraram balas de borracha e são suspeitos de retirar a roupa de uma moradora de rua.

Imagens de vídeo, postadas no site Youtube, por um grupo identificado como "Coletivo Mariachi", mostram a ação da polícia ao final de uma manifestação que havia começado no centro do Rio.

Depois de passar pela Assembleia Legislativa, manifestantes seguiram em direção à sede do governo do Rio, o Palácio Guanabara. No caminho, agências bancárias foram destruídas.

Parte do grupo seguiu pela rua do Catete e foi interceptado por PMs, que montaram uma barreira e iniciaram uma revista.

O vídeo mostra que dois PMs agarram uma mulher, moradora de rua, identificada como Ana Cláudia Florêncio, até tombá-la no chão. A partir daí, não deixam ninguém se aproximar. Há um corte na imagem, e a cena mostra a mulher sem roupa. Ela desmaia e é retirada do local de maca pelos policiais.

Pessoas em volta começam a gritar até que um policial com spray de pimenta nas mãos grita: "Na porta da delegacia vocês são advogados. Aqui, não".

Em seguida, joga mais gás de pimenta em jornalistas e advogados e numa senhora que passava pela rua e tentava se proteger da fumaça. Um homem tenta interceder e também é atingido pelo spray.

Para o promotor Décio Alonso, "parece que houve um acionamento desnecessário do gás de pimenta".

O policial afastado é o sargento Paulo Giovani Rios da Silva. A PM informa ainda que o caso será estudado na corporação, mas não revelou o nome do oficial que coordenava a atuação do grupo na rua e nem se ele também será punido.

Segundo a PM, o policial que aparece no vídeo dando tiros de borracha em jornalistas e manifestantes também será afastado das ruas.

Os agentes do Batalhão de Choque não estavam identificados. Sobre os nomes havia fitas adesivas e não havia números ou letras nas fardas como o grupo de PMs que costuma acompanhar as manifestações. Todos os 12 policiais do Batalhão de Choque estavam em motocicletas.

Para Felipe Santa Cruz, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), seção Rio, o caso foi lamentável: "A polícia continua dando mostras de falta de preparo. É imperdoável".


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