Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Sob aplausos, grupo de manifestantes deixa Câmara do Rio

Protesto na sede do Legislativo carioca estendeu-se por 12 dias e terminou de forma pacífica, sem uso de força

Justiça determinou desocupação; ato criticava CPI dos Ônibus por ser dominada por aliados do prefeito

DO RIO

Os sete manifestantes que ocupavam a Câmara Municipal do Rio desde o dia 9 deixaram o prédio na tarde de ontem. Amordaçados em protesto, os ocupantes deixaram o local sob aplausos e de maneira pacífica.

A ocupação tinha como motivo o repúdio à composição da CPI dos Ônibus, que tem quatro de seus cinco integrantes filiados a partidos da base do prefeito Eduardo Paes (PMDB) e somente um de oposição.

Na terça à noite, a Justiça concedeu mandado determinando a desocupação da casa e autorizando o uso de força policial, caso fosse necessário. Diante da decisão, o grupo resolveu terminar a ocupação.

A única mulher que fazia parte do grupo, uma dona de casa de 57 anos, deixou a ocupação por volta das 23h de anteontem.

Os demais saíram do prédio por volta das 14h30 de ontem. O grupo que está acampado em 12 barracas do lado de fora da Câmara permanece no local. Não houve tumultos no decorrer do dia.

Mesmo com a saída dos ocupantes, não houve sessão plenária. A Mesa Diretora apontou falta de segurança. A oposição diz que foi uma manobra para que um pedido de anulação da CPI dos Ônibus não fosse votado.

Sete vereadores de oposição protocolaram ontem na Justiça do Rio um pedido de mandado de segurança para a anulação da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Hoje, ocorrerá a segunda reunião da CPI dos Ônibus, a primeira com depoimentos.

PROFESSORES

À tarde, professores em greve que faziam uma manifestação pelo centro do Rio discutiram por causa da aproximação de um grupo adepto da tática "black bloc", que se caracteriza por protestos violentos.

Cerca de 300 professores caminhavam entre a Assembleia Legislativa e a Câmara Municipal, quando, durante a marcha, os "black blocs" se aproximaram.

Alguns professores não queriam que os mascarados participassem do protesto. "Eu sou educadora e não concordo com quebra-quebra", disse uma manifestante.

Outros defendiam a presença dos "black blocs", dizendo que eles estavam ali para protegê-los em caso de uma ação violenta da polícia.

"Quando a polícia vier para cima da gente, eles vão nos defender", respondeu uma outra manifestante.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página