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Confronto entre fazendeiros e índios se agrava no sul da Bahia

Vinte e cinco fazendas foram invadidas por grupo tupinambá

DE SALVADOR

Mesmo com a presença da Força Nacional de Segurança desde o início da semana passada, confrontos entre índios e produtores rurais voltaram a ocorrer anteontem em Buerarema (a 450 km de Salvador), no sul da Bahia.

Em resposta a grupos de índios tupinambás que invadiram 25 propriedades da região, fazendeiros atearam fogo a oito casas onde vivem indígenas, de acordo com a Polícia Civil. Os fazendeiros também depredaram uma agência dos Correios e saquearam um mercado local.

Segundo os índios, as propriedades estão em áreas indígenas. O cacique Val Tupinambá afirmou que as invasões são uma tentativa de pressionar o governo federal a publicar a demarcação de 47,3 mil hectares de área indígena nos municípios de Buerarema, Ilhéus e Una.

Na área, há cerca de 600 fazendas. A estimativa é que ao menos 300 índios participam das invasões.

A polícia diz que o acirramento da disputa teve início após a chegada do irmão de um cacique, que teria insuflado o grupo a "assustar" os moradores, andando com armas pelo município.

O envio da Força Nacional, no dia 18, ocorreu após a intensificação do conflito a partir do dia 15, quando dois índios foram baleados numa estrada. Eles estão internados no Hospital de Base, em Itabuna, e não correm risco. Dois dias depois, durante protesto na BR-101, fazendeiros incendiaram três veículos da Secretaria Especial de Saúde Indígena, ligada ao Ministério da Saúde.

Eles relataram que, numa das invasões, índios atiraram coquetéis molotov na mercearia de uma fazenda. Não houve feridos. No último dia 17, um fazendeiro cuja propriedade foi invadida disse à Folha que a situação na região ficaria mais tensa. "Os índios estão botando todo mundo para correr."


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