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Em visita ao Senado, Dilma recebe promessa de trégua

Presidente afaga aliados e obtém acordo para votações de interesse do Planalto

Mesmo com sinalização de paz com o governo, deputados aprovam obrigatoriedade do pagamento de emendas

DE BRASÍLIA

Na primeira visita da presidente Dilma Rousseff ao Congresso depois do declínio de sua popularidade e da consequente rebelião da base aliada, os presidentes do Senado e da Câmara acenaram com trégua para a petista, prometendo agilizar votações de interesse do governo.

O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) disse que a visita de Dilma coloca o Brasil "acima de disputas políticas e partidárias" e abre nova fase de interlocução do Legislativo com os demais Poderes.

"Sua presença aqui por iniciativa própria é respeito ao Legislativo e pendor de diálogo com os demais Poderes. O Congresso sabe reconhecer gestos de humildade e afeição e, por isso, estaremos permanentemente abertos a essa interação", disse.

Na tribuna do Senado, sentada ao lado de Renan e de Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), presidente da Câmara, Dilma também prometeu acatar iniciativas do Congresso em seus programas de governo.

A presidente foi ontem ao Senado em solenidade que comemorou os sete anos da Lei Maria da Penha. A visita é um aceno de Dilma ao Congresso, com quem vive constante crise de interlocução.

Na cerimônia, a presidente recebeu o relatório final da CPI da Violência contra a Mulher. "Assumo desde já o compromisso de utilizar os subsídios concretos obtidos nesse relatório para aprimorar políticas que temos implementado e para combater de forma efetiva a violência contra as mulheres", disse.

Foi a terceira vez que Dilma visitou o Congresso desde sua posse. A presidente passou a comandar a articulação política do governo há um mês, depois que deputados e senadores ameaçaram votar uma "pauta-bomba" formada por vetos presidenciais cuja eventual derrubada preocupa o Planalto.

Apesar dos acenos de reconciliação, a Câmara confirmou na noite de ontem a aprovação da proposta que torna constitucionalmente obrigatória a execução, pelo governo federal, de obras e investimentos indicados por congressistas ao Orçamento.

Dilma trabalha para que o Senado, que fará a análise do texto agora, altere pontos da proposta. Também espera que a influência de Renan barre a derrubada dos vetos presidenciais ao projeto que acaba com a multa de 10% do FGTS em demissões sem justa causa.

Foi dele que a presidente recebeu o mais direto aceno da solenidade, inclusive com a promessa de aprovar uma das principais vitrines do Planalto: o programa Mais Médicos. A medida provisória que institui o programa terá de passar pela Câmara e pelo Senado para continuar a vigorar.

"Queria cumprimentá-la pela coragem do enfrentamento público desse delicado tema da saúde do povo brasileiro. O Congresso como sempre ajudará na construção de consenso desse problema que afeta mais de 10 milhões de brasileiros", afirmou Renan.


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