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Mensalão - o julgamento

Ministro diz que mensalão foi só caixa 2

Para Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência, esquema não envolveu desvio de recursos públicos

Versão é defendida pelo PT e pelo ex-presidente Lula; No julgamento, STF discordou e disse que houve corrupção

DE BRASÍLIA

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) afirmou ontem que o que houve no caso do mensalão foi um esquema de caixa dois de campanha eleitoral, e não corrupção com desvio de dinheiro público.

Essa é a tese que vem sendo defendida pelo PT e foi usada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para o partido, o escândalo do mensalão se resumiu ao caixa dois eleitoral, com movimentação de recursos não declarados à Justiça.

Ao condenar 25 réus, entre os quais ex-integrantes da cúpula do PT, o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu que eles participaram de um esquema de desvio de recursos públicos para a compra de apoio legislativo no maior escândalo do governo Lula.

Questionado se o episódio de suspeita de uso indevido de dinheiro público nos convênios com as ONGs do Ministério do Trabalho poderia ser equiparado com o caso do mensalão, Carvalho disse que tem uma "crença histórica de que não houve uso de recursos públicos" neste último.

Houve sim um erro que tem de ser punido, todos nós sabemos, de uso de caixa dois em eleições, em processos eleitorais. É disso que se trata, a meu juízo. Então, qualquer juízo, qualquer desvio, insisto, tem de ser punido, não há dúvida nenhuma", afirmou o ministro.

O ministro disse ainda que o Palácio do Planalto aguarda "numa posição de expectativa" o desfecho do julgamento dos recursos no processo do mensalão pelo STF.

Amanhã, o ministro do STF Celso de Mello irá dar o voto de desempate que definirá se a corte aceita analisar os recursos chamados de embargos infringentes. Se eles forem aceitos e deferidos, os recursos podem resultar em penas mais brandas para 12 dos 25 réus já condenados, entre eles os ex-dirigentes do partido envolvidos no caso.

"A gente tem acompanhado esse processo, mas a gente prefere não fazer nenhuma opinião, não cabe neste momento. Vamos esperar os resultados e seguir a vida. Nossa concentração é muito no nosso trabalho aqui", afirmou Carvalho.

Na semana passada, o ministro Aloizio Mercadante (Educação) se manifestou em defesa da aceitação dos embargos infringentes pelo Supremo.


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