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O Estado da Federação - Rio de Janeiro

Metrô consome 30% dos financiamentos de Cabral

Projeto ligado à Olimpíada supera verba para cidades atingidas por catástrofes

Orçada em R$ 8,5 mi, obra é um dos trunfos de vice-governador para a sucessão estadual em 2014

DO RIO

A obra da linha 4 do metrô, compromisso olímpico que vai ligar a Barra à zona sul, é o principal destino dos empréstimos obtidos pelo Estado do Rio. Ela receberá 29% do arrecadado desta forma, e representa 19% do total de investimentos previstos para 2013. Com conclusão prevista para 2016, a obra custará ao todo R$ 8,5 bilhões.

De acordo com dados da Secretaria de Fazenda, o Estado destinou para a obra R$ 2,8 bilhões dos R$ 9,6 bilhões obtidos com os recursos de operações de crédito a serem aplicados este ano.

O segundo programa que mais deve consumir recursos de empréstimos é o Somando Forças, usado para obras em municípios do interior. Ele receberá R$ 1,7 bilhão de financiamentos este ano.

O projeto é um dos trunfos eleitorais do vice-governador Luiz Fernando Pezão, escolhido pelo PMDB para a sucessão de Sérgio Cabral.

A recuperação de locais atingidos por catástrofes está no terceiro posto dos programas que receberam recursos de empréstimos. É o destino de R$ 653 milhões desta fonte.

A dependência de empréstimos para investimentos aumentou na medida em que a participação dos repasses federais nos investimentos do Estado foi reduzida. Convênios com o governo federal bancavam 26% dos investimentos do Estado em 2009. Neste ano não alcançam 7%.

A redução se deve em parte à demora no repasse de verbas de obras no PAC 2. O governo conclui projetos executivos para realizar licitações.

Além disso, as despesas do governo estadual com custeio aumentaram. Hoje, alguns programas que viraram bandeira da gestão Cabral consomem boa parte das receitas de impostos antes destinadas a investimentos. Os principais são a manutenção das Unidades de Polícia Pacificadora, o Bilhete Único e Renda Melhor.

"O Rio por décadas negligenciou setores fundamentais na prestação de serviços públicos. O resultado para a população é visível, particularmente na área de segurança. À medida que a receita gerada pela maturação dos investimentos hoje em curso se materializa, recupera-se a capacidade de investir com recursos próprios", disse em nota a Fazenda estadual.

Não à toa, na última visita da presidente Dilma Rousseff a São Gonçalo, Cabral a agradeceu pelos empréstimos, que permitiram investimentos de R$ 2,5 bilhões na cidade da região metropolitana do Rio.


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