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Deputado diz que procurador agiu a pedido do Planalto
DE BRASÍLIAO deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) disse ontem que o parecer do Ministério Público Eleitoral que pede investigação sobre o processo de criação do partido Solidariedade foi "encomendado" pelo governo federal.
Presidente da Força Sindical, Paulinho, como é conhecido, é o principal responsável pela montagem da sigla, que teve registro aprovado pelo Tribunal Superior Eleitoral ontem. A sigla tende a atuar na órbita do senador Aécio Neves (PSDB), provável rival da presidente Dilma Rousseff em 2014.
"Todo mundo sabe quem é esse procurador que estou falando. Ou seja, um cara encomendado pelo Palácio do Planalto. Esse procurador está bem encomendado. O parecer dele foi encomendado", disse o deputado.
Paulinho se refere a Eugênio Aragão, vice-procurador-geral eleitoral, que pediu investigação da Polícia Federal sobre suspeitas de fraude em assinaturas de apoio à sigla.
Antes de Aragão assumir a função, o Ministério Público havia dado pareceres favoráveis à criação da legenda, posição que o novo procurador não ratificou.
Por meio de assessoria, Aragão disse que foi nomeado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e que nunca discutiu o caso com ninguém do governo. O Planalto não comentou.