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Governo do Rio desativará comissão antivandalismo
Manifestação contra grupo criado por Cabral termina com 8 mascarados detidos pela PM
Pouco mais de dois meses após ser criada pelo governo do Rio, a Comissão Especial de Investigação de Atos de Vandalismo em Manifestações Públicas deve ser extinta.
O pedido foi feito ontem pelo procurador-geral de Justiça, Marfan Martins Vieira, ao governador Sérgio Cabral (PMDB). O governador já teria aceito a solicitação.
No ofício encaminhado pelo procurador a Cabral há referência de que a "comissão alcançou bons resultados e cumpriu seus objetivos".
A comissão tinha por objetivo investigar os grupos que, no final de algumas manifestações, atuam com violência e cometem crimes como dano ao patrimônio público e privado, além de avaliar a conduta policial.
O texto do decreto que previa a comissão abria brecha para a quebra indiscriminada de sigilos telefônicos de quem entendesse envolvido nas manifestações. Sob pressão, o governo mudou o texto.
Nestes dois meses, uma das principais medidas efetivas tomadas pela comissão foi a sugestão, acatada pela Justiça do Rio, de autorizar a polícia a fazer a identificação criminal das pessoas mascaradas em protestos no Rio.
Ontem, durante uma manifestação contra a comissão, oito pessoas foram detidas. O protesto reuniu 70 ativistas, segundo a PM, e começou às 17h no prédio da procuradoria no centro do Rio.
Um dos detidos foi um manifestante que ganhou notoriedade por sair às ruas fantasiado de Batman.
Depois de comparecer à delegacia, ele voltou ao protesto, sem usar máscara, e foi aplaudido pelo grupo.