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'Black blocs' e policiais se enfrentam no Rio

Professores cercaram a Câmara para pressionar vereadores; protesto terminou com depredação da sede da EBX, de Eike

Reunião que aprovou emendas do Executivo é suspensa pela Justiça; sindicalistas e prefeito Paes trocam acusações

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

"Black blocs" e policiais militares entraram ontem de noite em confronto em várias ruas do centro do Rio. A confusão teve início após os cerca de 200 "black blocs" participarem de um ato em apoio ao professores do município do Rio, em greve há 45 dias.

Ao menos nove pessoas foram detidas. Segundo socorristas voluntários, cerca de 20 atendimentos foram feitos na região da Cinelândia. Seis feridos foram levados para o Hospital Souza Aguiar.

No tumulto, duas agências bancárias tiveram os vidros destruídos. No final, manifestantes depredaram a fachada de vidro do Edifício Serrador, onde funciona a sede do grupo EBX, de Eike Batista.

Com o reforço do Batalhão de Choque, policiais usaram bombas de efeito moral para tentar conter o grupo. Dezenas de sacos de lixo foram queimados pelos manifestantes em várias ruas do centro.

Uma das principais vias do centro, a avenida Rio Branco ficou fechada por cerca de duas horas. A PM só conseguiu liberar o trânsito na região por volta das 22h.

No conflito cerca de 500 professores foram obrigados a deixar às pressas a Cinelândia. Só um pequeno grupo resistiu no acampamento montado desde a semana passada do lado de fora da Câmara Municipal do Rio. Os professores chegaram a montar uma barricada com mesas e cadeiras de bares da região.

Mais cedo, centenas de professores se reuniram no entorno da Câmara para pressionar os vereadores, que negociavam um projeto de lei que cria um plano de cargos e salários para a categoria. As entradas da Câmara foram bloqueadas pelos policiais.

Em protesto, professores fizeram um cordão impedindo que funcionários entrassem no local. Um grupo de policiais tentou furar o bloqueio de professores. Um policial usou spray de pimenta contra os manifestantes.

De tarde, a juíza Gisele Guida de Faria, da 9ª Vara de Fazenda Pública, determinou a suspensão da reunião na Câmara, ocorrida na semana passada, em que foram aprovadas 29 emendas sugeridas pelo Executivo para o projeto de lei para a categoria.

O projeto, que entrou na pauta do Legislativo em regime de urgência, desagrada ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio. A categoria está em greve há 45 dias no Rio.

Na quinta passada, professores invadiram o plenário da Câmara e ocuparam o local até a noite de sábado, quando foram retirados pela PM.

Em entrevista à TV Globo, o prefeito Eduardo Paes disse que o sindicato teve dez reuniões com o Executivo e que foram assinados três acordos. O principal pleito do sindicato é que o projeto de lei seja retirado de pauta e as negociações sejam reabertas.


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