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Comissão da Verdade

Médico acusado de tortura foi omisso, afirma sua viúva

DO RIO - A viúva do psiquiatra Amílcar Lobo, Maria Helena Gomes de Souza, prestou depoimento ontem em sessão da Comissão da Verdade do Rio, onde falou sobre os casos de tortura no regime militar.

Lobo foi acusado, no período em que trabalhou para o Exército brasileiro, de ter feito exames em presos políticos para determinar se eles tinham ou não condições de seguir em sessões de tortura. O médico morreu em 1997, aos 58 anos.

"Meu marido nunca participou da tortura, mas não vim aqui para inocentá-lo. O erro dele foi a omissão", declarou Maria Helena.

"Havia uma sensação de impunidade, e os militares achavam que estavam fazendo o melhor para o Brasil, que estariam salvando o país, mesmo que, para isso, estivessem torturando pessoas, o que acho absurdo", acrescentou a viúva.

No depoimento, a viúva de Lobo também citou o ex-deputado Rubens Paiva, examinado por seu marido antes de morrer, e Inês Etienne, a única a sair viva da Casa da Morte --centro clandestino de torturas instalado na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio.


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