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Em sessão fechada no Alvorada, Dilma assiste a filme sobre ditadura

Documentário trata do papel do governo dos EUA no golpe de 64

DE BRASÍLIA

Ex-guerrilheira comunista, a presidente Dilma Rousseff e convidados assistiram ontem no Palácio da Alvorada ao documentário brasileiro "O Dia que Durou 21 Anos".

O filme destaca o papel dos Estados Unidos para a criação de um ambiente que resultaria na deposição do presidente João Goulart pelo golpe militar de 1964, dando início aos 21 anos de ditadura.

Dilma passou quase três anos detida, entre 1970 e 1972, e foi torturada.

Entre os convidados estavam ministros, jornalistas, assessores e o diretor do documentário, Camilo Tavares.

Ele é filho de Flávio Tavares, um dos presos políticos libertados em troca do embaixador americano sequestrado Charles Elbrick. Flávio, que trabalhou na produção do filme, é amigo do ex-ministro José Dirceu (Casa Civil).

Após a troca do embaixador, em 1969, Flávio e Dirceu foram para o exílio. Em 2012, em meio ao julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, que condenou Dirceu, Flávio escreveu um artigo em apoio ao ex-ministro.

Lançado em abril, o documentário é resultado de uma pesquisa que durou mais de três anos e usa como fonte gravações de diálogos da Casa Branca de 1962 a 1964, recentemente tornadas públicas.

Entre elas, uma de junho de 1962 em que o embaixador dos EUA no Brasil Lincoln Gordon expõe ao então presidente John F. Kennedy a necessidade de infiltração nas Forças Armadas brasileiras.

Filha do ex-deputado federal Rubens Paiva, desaparecido há 42 anos, Vera Paiva foi uma das convidadas.

Ao chegar, ela lembrou o caso do pedreiro desaparecido Amarildo, que levou ao indiciamento de policiais militares do Rio.

"Fiquei alegre com o convite, ainda mais sendo esse filme. Ele está no contexto dessa história que temos que recuperar para que nunca mais se repita e ela tem se repetido. O Amarildo era pedreiro e meu pai era um engenheiro", disse.


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