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Mantega age contra projetos que ameaçam metas fiscais

Ministro da Fazenda diz a aliados que arrecadação não bancaria propostas

Maior preocupação é com texto que cria piso salarial único para policiais civis e militares no país

DE BRASÍLIA

Escalado para tentar frear a aprovação de "bombas fiscais" na Câmara, o ministro Guido Mantega (Fazenda) disse ontem aos líderes aliados do Congresso que o avanço de propostas com forte impacto nas finanças públicas inviabiliza as metas fiscais.

Pelos cálculos do Planalto, pelo menos sete projetos em discussão têm um impacto superior a R$ 60 bilhões por ano e não há como serem bancados pela arrecadação federal.

Segundo relatos, Mantega disse que não é mais possível que o Congresso avance com projetos de aumento de gastos sem apontar fontes de receita.

A principal preocupação é com a proposta que prevê um piso salarial único para policiais civis e militares, gasto que chega a R$ 35 bilhões.

O governo também combate o reajuste do Judiciário e uma proposta que aumenta o repasse para o Fundo de Participação dos Município.

Mantega fez uma defesa da política econômica do governo, que tem sido atacada por pré-candidatos à Presidência.

Disse que há compromisso com a meta de superávit primário (economia para pagar juros da dívida pública) e que a previsão de crescimento neste ano é superior a 2,5%.

A área fiscal é a que tem recebido mais críticas. Em 2012, o Tesouro Nacional recorreu a manobras contábeis para atingir a meta e tem sido acusado de adotar medidas que comprometem o controle do gasto público, essencial para o combate à inflação.

Líderes ouvidos pela Folha disseram que houve um compromisso dos aliados em barrar a "pauta-bomba".

Criticado nos bastidores por interlocutores do governo, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o responsável pela pauta de votações da Casa, não indicou recuo e disse que a Câmara age com responsabilidade fiscal.


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