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Mensalão as prisões

Presidente do STF pôs vida de Genoino em risco, afirma PT

Diretório Nacional da sigla ataca 'prisão arbitrária' e diz que ex-integrantes de sua cúpula têm direito a regime semiaberto

Em evento tucano em Minas, Aécio e FHC criticam reação de petistas à detenção de condenados em Brasília

DE SÃO PAULO DAS ENVIADAS A POÇOS DE CALDAS (MG)

O PT disse ontem que o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, permitiu um "espetáculo condenável" e pôs em risco a vida do deputado licenciado José Genoino (PT-SP) ao expedir mandados de prisão dos réus do mensalão sem especificar os regimes das penas.

O Diretório Nacional da sigla se reuniu durante todo o dia em São Paulo. No final da tarde, divulgou nota criticando a "prisão arbitrária de companheiros petistas", que considerou parte de uma "ação orquestrada" destinada a favorecer a oposição.

O texto foi publicado depois de a Justiça do Distrito Federal ter decidido que Genoino, o ex-ministro José Dirceu e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, detidos desde o dia 15 no Complexo Penitenciário da Papuda, poderiam ser transferidos ao regime semiaberto.

No início da tarde, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia defendido que "a lei fosse cumprida" e que os petistas presos tivessem direito ao regime semiaberto.

Genoino sentiu palpitações e dores no peito após ter sido transferido de avião de São Paulo para Brasília. Em julho ele fez uma cirurgia para dissecção da aorta.

"O mandado de prisão expedido pelo presidente do STF, ao não especificar o regime de cumprimento das penas, além de propiciar um espetáculo indesejado e condenável, desrespeitou direitos dos companheiros e ainda colocou em risco a vida do deputado José Genoino, cardiopata recém-operado", disse o diretório do PT em nota.

O partido reafirmou o que seu presidente, Rui Falcão, havia dito na sexta, quando Dirceu e Genoino se entregaram à Polícia Federal: "A prisão arbitrária de companheiros petistas, sem que seus recursos tivessem sido julgados, foi mais um casuísmo jurídico. Mais que isso, constitui grave violação ao instituto do direito de defesa".

A direção petista afirmou que os integrantes de sua antiga cúpula estão sendo vítimas de "uma tentativa de linchamento moral, que visa, também, criminalizar o PT e influir na disputa eleitoral".

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), criticou a nota do PT divulgada na sexta que classificou o julgamento do mensalão como "político": "Não foi um julgamento político", disse ele durante evento em Poços de Caldas (MG). Ele afirmou que "ninguém comemora prisões ou sofrimento de quem quer que seja", mas que as prisões acabaram com o "sentimento de impunidade no país".

Questionado sobre o mensalão tucano --ação acerca de irregularidades nas finanças da campanha do então governador Eduardo Azeredo (PSDB) em 1998--, Aécio disse que "o que serviu para este caso [mensalão do PT] deve servir para todos".

Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou a postura dos presos: "Tentam transformar a justiça em um instrumento de sua própria história, de uma revolução que não fizeram".


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