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De olho na eleição de 2014, Alckmin adota programas petistas

Governador segue iniciativas tomadas antes por Dilma e Haddad nas áreas de transporte, educação e saúde

Tucanos descartam objetivo eleitoral e dizem que o governo estadual planejava medidas há mais tempo

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Focado em sua campanha à reeleição em 2014, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nos últimos meses programas que seguem a mesma linha de medidas adotadas antes por seus adversários do PT na esfera federal e na capital.

O governo paulista anuncia hoje o envio à Assembleia Legislativa de um projeto de lei com benefícios para negros e índios em concursos públicos estaduais.

Segundo a proposta, antecipada ontem pelo jornal "O Estado de S. Paulo", os candidatos receberiam pontuação extra em relação aos demais participantes na etapa final dos processos seletivos.

Há um mês, a presidente Dilma Rousseff encaminhou ao Congresso projeto que reserva 20% das vagas em concursos públicos federais para negros. A proposta já tramita em caráter de urgência em comissões da Câmara.

Dois dias depois da aprovação da medida provisória que criou o programa Mais Médicos, iniciativa do governo federal para levar profissionais a cidades carentes, Alckmin anunciou bonificação de até 30% para médicos da rede estadual que trabalharem em regiões pobres.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lançou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, como candidato do PT a governador de São Paulo, acusou recentemente os tucanos de copiar os petistas.

Durante evento na semana passada, ao lado do prefeito da capital, Fernando Haddad, seu afilhado político, Lula disse que "eles estão copiando porque [...] não conseguem mais propor nada".

Alckmin aderiu ao Bilhete Único Mensal no transporte público, lançado por Haddad e criticado pelos tucanos na campanha eleitoral do ano passado, e mudou o sistema de progressão continuada dos alunos da rede estadual depois que Haddad fez o mesmo nas escolas municipais.

Em agosto, Haddad anunciou o fim do mecanismo que anteriormente garantia aprovação automática aos alunos e a divisão do ensino fundamental em três ciclos, além da volta das provas bimestrais, lição de casa e do boletim com notas de zero a dez.

A reforma da rede no Estado foi comunicada três meses depois, com praticamente as mesmas mudanças propostas pela Prefeitura. Na ocasião, o governador disse que a ideia "vinha sendo discutida há mais de dois anos" pela Secretaria de Educação.

ESTRATÉGIA

Com essas medidas, os tucanos procuram tornar Alckmin imune a algumas das críticas que esperam receber na campanha eleitoral, adotando bandeiras na área social que em geral não são associadas aos governos do partido.

"Nossas medidas são fruto de muita discussão e planejamento e não costumamos fazer marketing em cima delas", disse o presidente do PSDB paulista, Duarte Nogueira, para quem o PT é "craque em fazer propaganda".

Com a adesão do Estado ao Bilhete Único Mensal, as pessoas poderão viajar sem limite nos ônibus municipais, no metrô e nos trens da CPTM por um único preço. "O governador pediu para estudar e achamos que era viável", disse o secretário Edson Aparecido, chefe da Casa Civil de Alckmin. "Se o Estado não entra, não tem programa."


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