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Secretários de Alckmin negam acusação

Edson Aparecido e Rodrigo Garcia dizem que depoimento de ex-executivo que cita propina é 'absurdo' e 'leviano'

Chefe da Casa Civil diz que já processa ex-funcionário da Siemens e insinua que ele age sob pressão do PT

Os parlamentares citados em depoimento pelo ex-diretor da Siemens Everton Rheinheimer como destinatários de propina paga pelo cartel que atuou no Metrô e na CPTM em São Paulo negam as acusações. O depoimento que menciona os deputados foi utilizado para justificar o envio do inquérito para o STF (Supremo Tribunal Federal).

O secretário da Casa Civil de Geraldo Alckmin (PSDB), deputado licenciado Edson Aparecido (PSDB), disse que o depoimento é um "absurdo completo". "Ele fala de um período em que eu nem era deputado. Ele tem de apresentar provas. Até agora é tudo na base do ouvi dizer. Não é possível que um sujeito que eu nunca vi na vida possa passar esses comentários a respeito da minha pessoa."

Aparecido insinuou também que Rheinheimer tenha dado o depoimento sob pressão do PT. "Estamos diante de um sujeito que já negociou cargos com o governo. Por que ele volta a falar agora? Pressionado por quem?"

Aparecido diz que já processou o ex-executivo criminalmente pelas acusações que fez. E diz que a própria Justiça reconheceu, ao enviar o inquérito ao Supremo, que não há "indício concreto".

O secretário de Desenvolvimento Econômico, deputado licenciado Rodrigo Garcia (DEM), diz que a fala de Rheinheimer é "extremamente leviana". "Não tenho nada a ver com esse tipo de assunto. O próprio Ministério Público recomendou que o inquérito não subisse, porque sabe que a mera citação sem provas não quer dizer nada."

O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP), em nota emitida na primeira ocasião em que seu nome foi associado a pagamento de propina, em novembro, disse que nunca conversou com Rheinheimer e que as acusações são "mentirosas, graves, sem provas".

"Fui acusado de forma leviana e tomarei todas as medidas jurídicas para me preservar e responsabilizar os caluniadores", afirmou. Ontem ele reafirmou o teor da nota.

O deputado estadual Campos Machado (PTB-SP) afirmou que nunca esteve com Rheinheimer nem com Arthur Teixeira, da empresa Procint, acusada de intermediar os pagamentos. "Nunca vi tamanho absurdo, nunca estive com eles. Nunca vi coisa igual, não conheço o Arthur nem o alemão", afirmou.

Machado já enviou ofício à Polícia Federal solicitando acesso aos depoimentos de Rheinheimer e Teixeira.

O secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes (PSDB), "reitera que não tem qualquer relação próxima com Teixeira", assim como já fizeram o secretário de Energia, José Aníbal (PSDB) e o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP).

Sobre a remessa do inquérito ao Supremo, os políticos disseram esperar que ela encerre os vazamentos. "Quanto mais rápido isso andar, com mais transparência, melhor", afirma Aníbal.

"Não tenho nenhum receio de ser investigado. O que não quero é vazamento", diz Jardim. "O que eu desejo é que isso seja apurado de maneira isenta, rápida e sem vazamentos", sustenta Ferreira.


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