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Mensalão as prisões

Documento com críticas à condenação divide petistas

Em congresso, PT aprova resolução sem defender anulação do julgamento

Cúpula da sigla atende pedido do Palácio do Planalto e adota tom mais brando, evitando críticas ao Supremo

BERNARDO MELLO FRANCO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

O 5º Congresso do PT aprovou ontem resolução que afirma que os réus do mensalão foram condenados sem provas e acusa mídia e oposição de tentarem criminalizar o partido e influir nas eleições.

O documento causou racha por não atacar o STF (Supremo Tribunal Federal) e defender a anulação do julgamento, como cobrava a ala mais radical da legenda.

Sob pressão do Planalto, que temia prejuízo à campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, a cúpula petista apresentou um texto mais moderado que o original e sem críticas ao STF.

"Nós não podemos ter um partido dividido ao meio. Nossa obrigação é construir a maior unidade possível", afirmou o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), falando em nome da direção petista.

Depois de ouvir vaias de alguns delegados do partido, ele disse: "Temos plena convicção da inocência dos companheiros [José] Dirceu e [José] Genoino. Minha posição é clara: nunca houve mensalão, compra de votos e corrupção ativa ou passiva."

O texto aprovado com apoio da cúpula petista não cita os presos e diz que a sigla apoiará iniciativas de militantes e movimentos sociais pela "reparação das injustiças e ilegalidades contra os companheiros condenados".

Uma dirigente do PT paulista, Misa Boito, foi aplaudida ao cobrar que, em vez de apoiar iniciativas de terceiros, o partido lidere a ofensiva contra o Supremo.

"As instituições carcomidas, como o STF, querem acuar o PT e o movimento popular. Nós não temos que fazer comentários, temos que agir", discursou Boito, da corrente minoritária O Trabalho.

"Amanhã o PT pode ver outros dirigentes na cadeia porque se recusou a pedir a anulação da ação penal 470", prosseguiu, referindo-se ao processo do mensalão.

Nos três dias do encontro, encerrado ontem, petistas atacaram o STF e seu presidente, Joaquim Barbosa. Dilma e o ex-presidente Lula evitaram o tema em seus discursos.

O PT também aprovou uma moção pela desmilitarização das polícias e com críticas à violência das Polícias Militares nos protestos de junho.


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