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Aliança não é obrigatória nos Estados, diz Marina

Segundo ex-senadora, parceria com PSB tem lógica diversa no plano local

Em seminário da Rede, Campos discursa como candidato e sugere ganhar eleição e fazer o que 'poderiam ter feito'

(AGUIRRE TALENTO) DE BRASÍLIA

A ex-senadora Marina Silva disse ontem que a aliança entre a Rede Sustentabilidade e o PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não tem a obrigação de se repetir nos palanques estaduais das eleições de 2014.

"A nossa aliança não é verticalizada, não estabelece para a lógica dos Estados a mesma lógica que temos no plano federal", afirmou Marina.

A Rede, que se aliou ao PSB em outubro, depois que a Justiça Eleitoral negou o registro do partido por falta de assinaturas, tem apresentado divergências em relação às alianças defendidas pelo PSB em alguns Estados.

Como a Folha mostrou no último sábado, aliados de Marina afirmam que a Rede vai deixar a aliança nos Estados em que o PSB estiver em coligações com PT ou PSDB, o que já é negociado por Campos em ao menos oito casos.

Um exemplo é em São Paulo, onde os aliados de Marina defendem candidatura própria e os de Campos querem apoiar a reeleição do governador tucano Geraldo Alckmin, que em troca daria palanque ao pernambucano, que deve disputar o Planalto.

Marina citou o exemplo do Paraná: "Em alguns casos, como o do Paraná, a Rede está apoiando a candidatura do PV, da deputada Rosane [Ferreira], e o PSB está mantendo o mesmo processo de discussão que já estava com o PSDB [de apoio à reeleição do governador Beto Richa]".

Segundo Marina, a estratégia é discutir primeiro o conteúdo programático da candidatura nacional para que isso ajude na composição das alianças regionais. "O conteúdo não pode ser incoerente com a forma", afirmou.

Marina e Campos participaram ontem do primeiro seminário programático da Rede, realizado em Brasília.

Ao discursar, a ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que não há pretensão de "eliminar as diferenças" e defendeu "construir a unidade na diversidade".

Campos reconheceu as dificuldades e atribuiu-as ao fato de que, até outubro, quando decidiram se aliar, as duas legendas estavam conduzindo processos diferentes.

"Problemas nos Estados o nosso partido, dentro dele próprio, já tem, imagina quando a gente soma os dois", afirmou o governador.

De acordo com ele, atualmente há 20 Estados com entendimento entre os dois partidos. Nos locais onde a divergência se mantiver, as legendas vão se juntar "à coligação que vai ter mais coerência de cima abaixo", afirmou.

EXPLICAÇÕES

Em seu discurso, Campos disse que a tarefa é "discutir o conteúdo que nos une".

"Com a caminhada de vida de todos nós aqui, não precisamos um ficar dando explicação ao outro sobre posição que tomamos, porque sempre estivemos de uma forma ou de outra ao lado dessas causas, comprometidos com mudanças, com a emancipação do povo brasileiro", discursou o governador.

Campos, que classificou a aliança PSB-Rede como o "fato político do ano", fez uma de suas falas mais explícitas sobre 2014, apesar de ainda não se declarar candidato a presidente da República.

"Estamos aqui discutindo um programa, para depois discutir um programa político, para depois ganhar as eleições e fazer o que muitos poderiam ter feito e não fizeram", afirmou.

No seminário, militantes da Rede debateram temas que vão compor o programa de governo e pautar discussões de alianças. Outros eventos serão realizados em 2014.


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