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Tucanos dizem que Azeredo pode pedir licença ou renunciar

Para eles, afastamento reduziria exposição do caso na mídia e evitaria novos desgastes

DE BRASÍLIA

Integrantes do PSDB dizem que o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pode pedir licença da Câmara para evitar novos desgastes à sua imagem, ao partido e sobretudo à campanha presidencial do tucano Aécio Neves.

Aliados de Azeredo afirmaram à Folha, sob a condição de anonimato, que o deputado sofreu um "baque" --expressão usada por vários deles-- com a decisão da Procuradoria-Geral da República de recomendar sua prisão a 22 anos no processo do mensalão tucano.

Os integrantes do partido não descartam a eventualidade de uma renúncia ao mandato, embora digam não ter ouvido isso do deputado.

Os relatos de quem conversou com o deputado nos últimos dias são quase unânimes em afirmar que ele está abalado com a possibilidade de sua eventual condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e procura uma saída com menos danos políticos.

Dizendo-se inocente das denúncias de peculato e lavagem de dinheiro, o tucano avalia se o afastamento da Câmara lhe permitiria acompanhar o caso sem a exposição diária no Congresso, o que reduziria os efeitos sobre Aécio.

A decisão agrada ao PSDB, que adotou como estratégia desvincular a sigla das denúncias contra Azeredo --ex-presidente e um dos fundadores do partido. A cúpula tucana entende que, fora da Câmara, Azeredo ficará mais recolhido e o caso poderá perder força até que entre em definitivo na pauta do Supremo.

Os tucanos, porém, destacam que uma definição sobre a permanência na Câmara será uma decisão de foro íntimo de Azeredo. Ainda segundo esses relatos, Azeredo passou a ter picos diários de pressão alta e fez check-up em hospital de Brasília após o anúncio da denúncia da Procuradoria na última sexta.

As regras da Câmara permitem licença de até 120 dias por motivo particular, ou por por tempo indeterminado em caso de problemas de saúde.

Azeredo é acusado de participar do desvio de dinheiro público na sua campanha à reeleição para governador de Minas, em 1998. Ele nega as acusações.


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