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PT presidirá Comissão de Direitos Humanos

Assis do Couto, que integra frente contra o aborto, teve dois votos a mais que Bolsonaro

DE BRASÍLIA

Eleito ontem em votação apertada para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, o deputado Assis do Couto (PT-PR) integra a Frente Parlamentar contra o aborto da Casa e já enfrenta críticas de parte de ativistas.

O petista teve 10 votos e Bolsonaro (PP-RJ), considerado um dos deputados mais conservadores da Câmara, 8.

A candidatura de Bolsonaro foi articulada por Marco Feliciano (PSC-SP), que comandou a comissão no ano passado e foi alvo de críticas de ativistas gays e negros. Sua atuação gerou uma crise na Câmara e chegou a ameaçar os trabalhos da Casa.

O placar apertado da votação mostra que a bancada evangélica continua com influência na Comissão e que os debates daqui pra frente serão decididos em disputas acirradas. Das 18 cadeiras titulares, os religiosos ficaram com oito, mas ainda indicaram cinco suplentes.

Bolsonaro minimizou o resultado da votação, mas disse que a bancada vai incomodar e defender seus pontos de vista. "Foi uma derrota com gosto de vitória", afirmou.

Assis é ligado à agricultura familiar e considerado de perfil mais moderado. Mas sua escolha desagradou militantes de direitos humanos, que criticaram a opção por um deputado sem sólida trajetória na área e com posições tidas como conservadoras.

Sobre o aborto, ele admitiu ontem que é pessoalmente contrário à interrupção da gravidez de forma indiscriminada, mas afirmou que suas convicções não vão interferir nos debates do colegiado.

"Sou católico, tenho um princípio familiar que é contra o aborto de forma indiscriminada, aberta. No entanto, tenho um entendimento de que o Estado tem um papel, tem um problema de saúde pública gravíssimo em torno dessa questão e que muitas vezes escondemos isso atrás de uma questão religiosa", afirmou.

E acrescentou: "Sei discernir muito bem o papel do Assis do Couto pai de família, católico, do Assis do Couto homem público, parlamentar, que tem que lidar com as questões de Estado, de saúde pública. Não podemos misturar as coisas e acho que o movimento feminista saberá entender a minha opinião", disse o deputado.


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