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Ministro do STF processa jornalista da Folha por livro

Mendes pede R$ 200 mil de indenização

DE BRASÍLIA

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, entrou na Justiça com uma ação por danos morais contra o jornalista Rubens Valente, da Folha, e a editora Geração Editorial, pela publicação do livro "Operação Banqueiro", sobre os bastidores da operação policial que investigou os negócios do banqueiro Daniel Dantas.

Batizada pela Polícia Federal de Satiagraha, a operação, realizada em 2008, levou à prisão temporária de Dantas e de outros 23 envolvidos, mas foi anulada pelo Superior Tribunal de Justiça devido a ilegalidades nas investigações.

Na petição de 35 páginas assinada pelo advogado Rodrigo Mudrovitsch, Mendes diz que, "longe de se limitar ao relato das informações de cunho jornalístico ou investigativo, mira o autor a difamação (...) a partir da exposição inventiva e gravemente distorcida dos fatos que cercaram o evento". Ele pede indenização de R$ 200 mil.

Mendes considera que o livro ataca sua imparcialidade como juiz, deturpa o julgamento do habeas corpus que favoreceu Dantas e narra de forma tendenciosa relatos sobre escutas telefônicas no gabinete da presidência do STF.

O livro, lançado em janeiro deste ano, sugere que Mendes favoreceu interesses de Dantas na época em que chefiava a Advocacia-Geral da União, no governo FHC, e critica a maneira como ele agiu mais tarde no STF para barrar a Operação Satiagraha.

Rubens Valente disse à Folha que o ministro foi procurado "com insistência na fase de elaboração do livro", mas se recusou a atender o autor, "abrindo mão da oportunidade de oferecer a sua versão sobre os fatos". O jornalista disse ainda que o ministro não conseguiu apontar "um único fato inverídico".


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