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Com Marina, Campos diz que vai 'para cima'

Pré-candidato confirma ex-senadora como vice e afirma que ela terá participação ativa em seu eventual governo

Ex-governador de PE promete ampliar o Bolsa Família e reduzir 'quem sabe à metade' o número de ministérios

BERNARDO MELLO FRANCO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA AGUIRRE TALENTO DE BRASÍLIA

O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, afirmou ontem que a vice Marina Silva terá participação ativa no governo caso ele seja eleito.

Ao confirmá-la como companheira de chapa, Campos disparou promessas como ampliar o Bolsa Família para até 25 milhões de lares e reduzir "quem sabe à metade" o número de ministérios.

Cobrado, o pré-candidato disse que o aumento do Bolsa Família poderá ser menor e que não fará nada que ameace a responsabilidade fiscal.

Com palavras enérgicas e em tom de desafio ao PT, Campos prometeu "ir para cima" na campanha.

A proposta de reduzir o número de ministérios o aproxima do pré-candidato do PSDB, Aécio Neves, que tem prometido cortar as atuais 39 pastas para 20. Campos não quis detalhar o que faria para enxugar a máquina federal.

"A gente precisa diminuir o número de ministérios quem sabe à metade do que tem hoje", disse. "Da forma como está organizado o Estado brasileiro, não dá para ficar. A forma nós vamos ver mais adiante", disse.

Marina comparou a união com Campos a um "casamento da tapioca com o açaí", em referência às iguarias de Pernambuco e do Acre.

Na última pesquisa Datafolha, Marina, agora confirmada como vice, havia obtido 27% de intenções de votos, e Campos, 10%. Segundo aliados, o ex-governador tentará fazer a transferência de votos de Marina para ele.

Campos voltou a criticar a base de apoio do governo Dilma, que o PSB integrou até setembro passado, com direito a dois ministérios, e prometeu jogar na oposição "o fisiologismo e o patrimonialismo".

"No nosso governo, ministério não será entregue como propriedade privada. Quem vier nos apoiar não ache que vai ter amanhã um ministério para chamar de seu."

Questionado sobre a diferença entre a base de Dilma e a coalizão de 14 partidos que o apoiou em Pernambuco, também com distribuição de secretarias a aliados, respondeu de forma genérica: "Foi feita em cima de um programa. Tanto que fui reeleito com 83% dos votos. Não é o que estamos vendo aí".

Ao confirmar Marina em sua chapa, Campos indicou que ela terá papel maior do que os outros vices: "Ao meu lado você estará não só na campanha, mas no governo".

Marina disse que o anúncio frustra "aqueles que apostavam que a aliança não ia dar certo" e avisou que não ficará "atrás", e sim "ao lado" do presidenciável.

"A cada dia, a gente ouvia algo que seria o tiro de misericórdia, a bala de prata na nossa aliança. Graças a Deus e à confiança que estamos criando entre nós, estamos aqui hoje", afirmou.


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