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PF investiga Pizzolato por evasão de divisas

Condenado no mensalão, ex-diretor do BB adquiriu imóvel na Espanha por R$ 1 milhão e o registrou em nome da mulher

Nesta quinta, policiais estiveram na cobertura em que ele morou, no Rio, para cumprir mandado de busca

MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, está sendo investigado pela Polícia Federal por evasão de divisas e lavagem de dinheiro no Brasil e no exterior.

A PF já descobriu que Pizzolato enviou para fora do país R$ 1 milhão para comprar um imóvel na Espanha. As autoridades brasileiras querem saber como ele remeteu essa quantia ao exterior.

De acordo com os investigadores, Pizzolato --preso na Itália desde fevereiro para aguardar o julgamento de um pedido de extradição feito pelo Brasil--, não possui suporte para esse tipo de operação financeira.

Segundo a PF, o imóvel adquirido por Pizzolato no exterior foi registrado em nome de sua mulher, Andrea Haas, cuja renda não seria suficiente para a compra. O negócio foi fechado durante o julgamento do mensalão, o que poderia indicar a intenção de fuga do ex-diretor do BB.

Pouco depois das 6h desta quinta-feira (15), policiais federais chegaram à cobertura onde Pizzolato residia, em Copacabana, zona sul do Rio, para cumprir um mandado de busca. Foram apreendidos documentos, dois laptops, pen drives e CDs.

No apartamento, a PF encontrou um amigo do ex-diretor, que mora no apartamento há pelo menos quatro anos. Ele é suspeito de auxiliá-lo nos crimes.

As investigações tiveram início após a fuga de Pizzolato do país, em outubro do ano passado, com a colaboração da Interpol e dos adidos policiais brasileiros em Roma e em Madri. Os demais dados foram colhidos no momento de sua prisão em Modena, na Itália. Na ocasião, foram apreendidos laptops e equipamentos eletrônicos encontrados com o ex-diretor.

Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão em regime fechado por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro.

As autoridades brasileiras ainda aguardam autorização para realizar buscas na Espanha e na Itália.

A Folha não conseguiu contato com Alessandro Pizzeli, que representa Pizzolato no processo que tramita em território italiano. O ex- diretor não possui advoga-dos no Brasil.


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