Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

A Copa como ela é

Superlotado, metrô tem confusão, gritaria e desmaios no fim do dia

Na estação Pinheiros, usuários se espremiam no acesso à CPTM; pessoas foram pisoteadas

No centro, passageiros afirmavam que teriam de dormir no terminal Bandeira caso os ônibus não voltassem a circular

RODRIGO PAIVA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a greve dos motoristas de ônibus, a estação Pinheiros da linha 4-amarela do Metrô de São Paulo teve um fim de tarde caótico nessa terça-feira (20).

Milhares de pessoas que se dirigiam para a zona sul da cidade lotaram a estação e se espremeram para subir as escadas rolantes que ligam o metrô aos trens da CPTM.

Às 18h40, a reportagem presenciou uma grande confusão. Com a multidão, as escadas ficaram travadas. Passageiros que tentavam acessar a CPTM não conseguiam.

Houve muita gritaria e empurra-empurra. Algumas pessoas foram pisoteadas.

Cinco usuários --quatro mulheres e um homem-- desmaiaram e foram atendidos pelos próprios usuários e por funcionários da estação.

Em meio à multidão, uma mulher que havia passado mal foi carregada por um passageiro. Outro usuário foi socorrido por uma ambulância da ViaQuatro, concessionária responsável pela linha.

Para evitar acidentes, as escadas rolantes foram desligadas. Três seguranças tentavam, em vão, orientar os passageiros.

Em alguns momentos, as pessoas brigaram entre si e pulavam as barreiras de vidro de contenção da estação, na tentativa de sair da multidão.

A confusão foi contida apenas por volta das 20h.

ÔNIBUS

No centro, passageiros que tentavam voltar para casa peregrinaram por pontos em busca de ônibus e optaram pelos trens e pelo metrô lotados para tentar chegar em casa.

No terminal Bandeira, pessoas diziam que teriam de dormir no local caso os ônibus não voltassem a circular. "Moro no Jardim Ângela. Como farei, vou a pé?", disse a diarista Antonia Rosa Nascimento, 54, que já esperava havia três horas.

Adriano da Silva Barbosa, 37, também reclamou. "Todo mundo tem o direito de reivindicar, mas poderia pressionar de outro jeito, porque os protestos atingem o povo e não os grandes", afirmou.

A Folha flagrou grevistas forçando a parada de ao menos cinco ônibus que não participavam do ato. Aos gritos, eles ordenavam aos motoristas que parassem próximo ao largo do Paissandu.

Nesta terça (20), o sindicato dos metroviários recusou a proposta do Metrô de reajuste de 5,2% e a categoria decidiu entrar em estado de greve. Eles querem 35,5%, incluindo a reposição da inflação mais aumento real, entre outras reivindicações.

As negociações continuam e não há data para paralisação. Uma nova assembleia foi marcada para o dia 27.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página