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O mensalão 'sai da minha vida', diz presidente da corte

DE BRASÍLIA

Em sua primeira entrevista após anunciar que vai pedir sua aposentadoria em junho, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, disse que o mensalão é assunto "superado" e que sai da sua vida.

"Este assunto está completamente superado. Sai da minha vida a ação penal 470 [mensalão] e espero que saia da vida de vocês. Chega desse assunto", disse, ao ser questionado se pretende trazer ao plenário os últimos recursos dos presos do mensalão antes de se aposentar.

Barbosa foi o relator da maior ação penal analisada pelo tribunal, que resultou na condenação de 24 pessoas, entre elas a cúpula do PT no governo Lula. No período em que esteve à frente do caso, envolveu-se em discussões com ministros e advogados.

Em entrevista após a sessão de ontem, ele afirmou que deixa o tribunal por "livre-arbítrio", defendeu mandato de 12 anos para ministros do Supremo e não descartou dar palestras. Questionado sobre seus planos no curto prazo, respondeu: ver a Copa do Mundo e descansar.

"Eu preciso de descanso, inicialmente. Essa decisão, [tomei] naqueles 22 dias que eu tirei em janeiro, eu estive na Grã-Bretanha e na França. Aquilo foi decisivo para minha decisão", afirmou.

Barbosa disse não guardar nenhuma decepção do seu período à frente do tribunal. Depois de dizer que resolveu sair por "livre-arbítrio", ele defendeu que o Supremo precisa de renovação.

"Desde a minha sabatina [indicação ao STF], eu deixei muito claro que não tinha intenção de ficar a vida toda aqui no Supremo. A minha concepção da vida pública é pautada pelo princípio republicano. Acho que os cargos devem ser ocupados por um determinado prazo e depois deve se dar oportunidade a outras pessoas. E eu já estou há 11 anos", disse.

Para ele, foi importante vivenciar, ao longo desses anos, o que chamou de "grande sintonia" entre o tribunal e o país. "O Supremo decidiu questões cruciais para a sociedade brasileira. Não preciso nem citar quais foram essas causas de impacto. Me sinto muito honrado de ter participado desse momento tão rico, desses acontecimentos que tiveram lugar aqui, no tribunal. O Brasil precisa disso", acrescentou.

Ao defender a renovação no STF, ele disse que não seria contrário à mudança nas regras de nomeação com a introdução de mandatos, desde que eles não fossem muito curtos.


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