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Aécio e Campos iniciam corrida pelo apoio de Barbosa na eleição

Oposição considera aproximação estratégica para conquistar o eleitorado formador de opinião

Desde que passou a ser cotado à Presidência, o relator do processo do mensalão deu lacônicos sinais sobre o que fará

RANIER BRAGON NATUZA NERY DE BRASÍLIA

A decisão de Joaquim Barbosa de antecipar sua saída do STF irá levar as campanhas de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) a iniciar sondagens na expectativa de conquistar o apoio do presidente do STF, considerado estratégico no eleitorado formador de opinião.

Os dois principais adversários de Dilma Rousseff (PT), porém, sabem que a tentativa de aproximação deverá ocorrer com muito cuidado. É grande a possibilidade de o ministro dizer não aos dois.

Amigos próximos dizem que Barbosa irá avaliar se irá ou não dar apoio público a algum dos candidatos.

Dono de 14% das intenções de voto, segundo pesquisa do Datafolha em que foi listado entre os candidatos ao Palácio do Planalto, Barbosa não deu indicações públicas de que pretenda seguir um rumo político por ora.

Desde que passou a ser cotado para disputar a Presidência, o relator do processo do mensalão limitou-se, em geral, a dizer que se sentia "lisonjeado" com os índices atingidos nas pesquisas de opinião e que não era candidato.

Em visita a Franca (SP), nesta quinta (29), Campos reafirmou o convite, feito há meses, para que Barbosa se filie ao PSB. "Qual partido não gostaria de ter Barbosa em seus quadros?", disse.

Aécio também elogiou Barbosa. "É um homem que o Brasil aprendeu a respeitar. Pode-se gostar ou não dele, mas é um homem íntegro, honrado e que faz muito bem à Justiça brasileira."

Interlocutores do presidenciável tucano afirmam que o partido ambiciona o apoio do ainda ministro. A Folha apurou que, em dezembro, Barbosa e Aécio tiveram uma conversa a sós. Ali, o ministro do STF não tinha condições de migrar para um partido, muito menos o PSDB. À época, a corte estava às voltas com o julgamento do mensalão tucano, em Minas Gerais.

A ex-corregedora nacional de Justiça Eliana Calmon, responsável por convidar o ministro a ingressar no PSB há alguns meses, afirmou não acreditar que ele aceite integrar, como apoiador, alguma campanha. "Acho que não sairia como coadjuvante, só sairia como ator principal."

Ela deixou a magistratura para se filiar ao PSB e disputar uma cadeira no Senado.

Segundo Calmon, Barbosa recusou o convite para seguir o mesmo destino à época sob o argumento de que "pegaria muito mal" para ele.


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