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Maluf troca Alckmin por Padilha em SP

PP negociou com as duas candidaturas; optou pelo PT, segundo ex-prefeito, porque já irá apoiar Dilma ao Planalto

Lula, que em 2012 estava na foto que selou a aliança de Maluf com Haddad, desta vez não participou do anúncio

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, selou oficialmente na manhã desta sexta-feira (30) uma aliança com o PP, do deputado Paulo Maluf, garantindo assim um minuto a mais no horário eleitoral gratuito, que começa em agosto.

Em cerimônia muito mais singela do que a que foi promovida há dois anos, quando era Fernando Haddad quem se unia a Maluf para disputar a prefeitura, Padilha disse que o PP tem contribuições a dar a seu programa de governo e tratou o acordo com o deputado como uma derrota pessoal do governador Geraldo Alckmin (PSDB).

"Os que hoje vão criticar esta aliança estavam até a madrugada de ontem tentando impedi-la. O PP está deixando os tucanos porque viu que o Alckmin não cumpriu suas promessas para o Estado", disse o petista.

O acordo foi oficializado em um auditório da Assembleia Legislativa. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dessa vez, não foi ao local para posar como padrinho da aliança do PT com Maluf.

Em 2012, Lula foi até a casa do deputado, almoçou com ele e depois posou para uma foto entre Haddad e Maluf. "Quem convida ele é o PT, não eu", limitou-se a dizer Maluf, sobre a ausência.

O PP negociou por meses sua adesão tanto à candidatura à reeleição de Alckmin como à de Padilha. Optou pelo petista, segundo Maluf, pela aposta na sincronia do projeto local com o nacional. O PP estará no palanque da presidente Dilma Rousseff (PT).

Maluf, que hoje tem diversos cargos no governo Alckmin, não deixou claro se irá abandoná-los agora que está com Padilha.

Em seu discurso, ele atacou a gestão do governador e fez coro às críticas do petista sobre a crise hídrica que assola o Estado. "Só jornalista burro acredita que o problema da água é falta de chuva. Não é que falta chuva, faltou investimento. Tiveram quatro anos para prevenir e o que fizeram? Nada", disse Maluf.

Ele afirmou ainda que Dilma será reeleita no primeiro turno e chamou de "banditismo e terrorismo" as ações de manifestantes que queimam ônibus em protestos. Padilha, por sua vez, também fez críticas à crise de água e fez ataques à segurança no Estado.

"As penitenciárias do Estado se transformaram no escritório da maior facção criminosa do país", disse, em referência ao PCC.

Na última semana, foi revelado que Luiz Moura (PT-SP), deputado estadual, participou de reunião com pessoas que, segundo a polícia, integram o PCC.

Maluf está na lista de procurados da Interpol. O Ministério Público de Nova York, nos EUA, o acusa da prática dos crimes de roubo, fraude e lavagem de dinheiro. A Promotoria diz que US$ 11,7 milhões dos recursos que ele teria desviado de obras quando foi prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, passaram pelo banco Safra da cidade americana. Ele nega.


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