Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Alckmin convida Kassab para integrar chapa

Governador ofereceu vaga de candidato ao Senado a ex-prefeito e colocou em xeque planos políticos de José Serra

Proposta contraria tratativas de Aécio Neves e abre indisposição entre Kassab e Serra

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

Em uma jogada para tentar trazer o apoio do PSD à sua reeleição, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), convidou publicamente, nesta quarta-feira (25), o ex-prefeito Gilberto Kassab para ser o candidato de sua chapa ao Senado. O gesto, entretanto, colocou em xeque acordo costurado horas antes entre seu antecessor, José Serra, e o presidenciável tucano, Aécio Neves.

Na tarde de terça-feira (24), Aécio esteve no apartamento de Serra e defendeu que ele seja candidato ao Senado na chapa de Alckmin. O mineiro argumentou que a candidatura seria importante para fortalecer seu palanque e garantiu que, caso vença, Serra auxiliará o governo.

O ex-governador paulista aceitou a proposta. No dia seguinte, ficou sabendo pela imprensa que Alckmin havia formalizado o convite para a vaga a Kassab.

No Bandeirantes, o tema é tratado de forma pragmática. Alckmistas dizem que o diálogo com o PSD é anterior à disposição de Serra em concorrer ao Senado. Em maio, porém, o ex-governador frisou que essa era uma opção.

Com a proposta, além de contrariar o acerto de Aécio, Alckmin abriu uma indisposição entre Kassab e Serra, padrinho político do ex-prefeito. Nos bastidores, o governador foi criticado por tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Chamou a atenção dos tucanos o fato de que, no último sábado (21), Aécio teve uma reunião com Alckmin, FHC e o senador Aloysio Nunes. Nela, foi acertado que todos defenderiam a indicação de Serra ao Senado.

Mas, depois disso, aliados do governador voltaram a ventilar que Serra poderia ser vice de Aécio. A atitude, agora, é avaliada como uma tentativa de tirar do colo de Alckmin o ônus criado pela oferta da vaga a Kassab.

Interlocutores de Aécio acentuaram ainda que a oferta a Kassab ocorre depois de Alckmin ter dado a vaga de vice em sua chapa ao PSB, sigla de Eduardo Campos, que concorre contra o mineiro ao Planalto. Logo, se fechar com o ex-prefeito, o governador acrescentará ao seu palanque um nome que, nacionalmente, apoia a presidente Dilma Rousseff (PT).

O único consenso é que, após a conversa com Serra, Aécio restringiu a lista de cotados para ser o vice de sua chapa. Ao defender a candidatura de Serra ao Senado, o mineiro o descartou como companheiro de chapa.

Ele também está empenhado em fazer Tasso Jereissatti, outro cotado a vice, senador pelo Ceará. Assim, restam dois nomes entre os tucanos: Aloysio Nunes e a ex-ministra do STF Ellen Gracie. Aloysio lidera as apostas. Aécio, porém, tem dito ter "três opções" e que o outro nome está "guardado na cabeça".


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página