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Eleições 2014

Skaf faz a campanha que Padilha deveria fazer, afirma Lula a aliados

Ex-presidente é maior fiador da candidatura do ex-ministro em SP, estacionada em 7% dos votos

Em evento em SP, Lula cobra petistas e diz 'não ser possível' que Dilma esteja atrás de Marina nas pesquisas no Estado

MÁRCIO FALCÃO DE SÃO PAULO

Estacionado em terceiro lugar na disputa pelo governo paulista (7% das intenções de voto, segundo o Datafolha), o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) vem tendo sua campanha criticada até pelo principal fiador de sua candidatura, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em conversas com aliados, o ex-presidente afirmou que o PT enfrenta dificuldades em São Paulo porque Paulo Skaf --ex-presidente da Fiesp e candidato pelo PMDB-- tem ocupado o espaço que deveria ser do partido, ao assumir a polarização com o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Na sexta (5) à noite, em São Paulo, Lula distribuiu cobranças aos petistas pelo desempenho de Padilha e da presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição e está atrás de Marina Silva nas intenções de voto no Estado.

"Não é possível que a Dilma tenha 23% em São Paulo. Cadê o PT? Cadê as mulheres do PT? Os homens do PT? Os deputados do PT?", questionou. "Não vamos aceitar ser tratados como segunda classe aqui", emendou, dizendo estranhar que o PT tenha demorado a reagir à rejeição.

"Lula acha que o Skaf está fazendo a campanha que o PT devia estar fazendo", afirmou o líder da legenda no Senado, Humberto Costa (PE). De acordo com a pesquisa Datafolha divulgada na quarta (3), o peemedebista tem 22% das intenções de voto, ante 53% do governador tucano.

Em seu horário eleitoral, Skaf atacou Alckmin, dizendo que o tucano, entre outros problemas, não tem "tesão" por gerir o Estado. Para Costa, a campanha do ex-presidente da Fiesp tem sido mais combativa e "mais petista" que a feita por Padilha.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, José Américo (PT), discorda. Para ele, Skaf tenta avançar no eleitorado tucano, conservador.

ARRECADAÇÃO

A arrecadação do candidato petista está bem abaixo de seus gastos. Na sexta (5), Padilha disse à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 4,1 milhões em dois meses de campanha --suas despesas são estimadas em R$ 35 milhões.

A candidatura de Padilha ao governo de São Paulo tem sido bancada pelo próprio PT, responsável por injetar R$ 3,3 milhões. O comitê financeiro da legenda arrecadou R$ 5,8 milhões, sendo R$ 4,4 milhões em doações de empresas. O candidato também recebeu diretamente R$ 450 mil em aportes de empresários.

O que Padilha já arrecadou representa menos de um terço dos R$ 15,3 milhões obtidos pelo governador Geraldo Alckmin, do PSDB.

Segundo dados entregues à Justiça Eleitoral, a campanha petista tem despesas de R$ 306 mil com pessoal e R$ 360 mil com carros de som. O principal gasto é com a equipe de marketing, que tem contrato de R$ 25 milhões. O baixo desempenho financeiro de Padilha é considerado atípico para a disputa.


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