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Eleições 2014

Dilma defende uso de fundo para fechar as contas; rivais atacam

Após manobra que melhora resultado fiscal, presidente diz que agora 'é hora de usar' poupança criada em 2008

Marina diz que petista compromete economia; Brasil parou de crescer porque governo afasta investidores, diz Aécio

DE NOVA YORK DE BRASÍLIA DO RIO DE CURITIBA

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira (23) a manobra fiscal do governo de sacar R$ 3,5 bilhões do Fundo Soberano para melhorar os resultados das contas públicas. A decisão foi criticada pelos principais candidatos da oposição.

O Fundo Soberano é uma espécie de poupança criada em 2008 com a intenção principal de financiar investimentos. A maior parte do dinheiro --R$ 12,4 bilhões-- já havia sido desviada de suas finalidades originais e usada para pagar juros em 2012.

A frustração com a arrecadação em 2014, por conta do baixo crescimento econômico, levou a gestão Dilma a recorrer novamente a esse dinheiro para não ter de cortar gastos. O saque será de R$ 3,5 bilhões --praticamente acabando com essa reserva.

"É estarrecedor que questionem a utilização do fundo agora, que o país cresce menos do que crescia quando ele foi formado", afirmou Dilma em Nova York, após discurso na Cúpula do Clima da ONU.

De acordo com a presidente, "o governo teve uma política muito séria e sistemática de guardar para o futuro" e agora "é hora de usar" o recurso. Na verdade, o governo fez apenas uma aplicação no fundo. Depois, nunca mais poupou com essa finalidade.

Dilma disse ainda que o governo guardou os recursos para usá-los de forma "contracíclica", o que significa colocar dinheiro na economia quando ela não cresce.

Na segunda (22), ao anunciar o uso do fundo, o governo também reduziu a projeção de crescimento do PIB para 2014 (era de 2,5% no início do ano, havia caído para 1,8% e passou agora para 0,9%).

A presidenciável Marina Silva criticou o uso dessa poupança neste momento. "É uma demonstração clara de que esse governo está comprometendo o desenvolvimento econômico e a estabilidade do nosso país", disse.

"O governo federal busca no Fundo Soberano recursos para fechar as suas contas porque o Brasil parou de crescer", afirmou o candidato Aécio Neves (PSDB), para quem a responsabilidade não é somente da crise internacional, como tem alegado Dilma.

"No momento em que esse governo demoniza por dez anos as parcerias com o setor privado, obviamente ele afasta investimentos que poderiam estar permitindo um crescimento muito maior da nossa economia", disse Aécio.


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