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mensalão o julgamento

Presidente do STF espera acelerar definição de penas

Em três sessões para tratar do tema, a corte se deparou com uma série de divergências entre os seus ministros

Ayres Britto minimizou episódio em que o revisor do mensalão, Ricardo Lewandowski, foi hostilizado em SP

FELIPE SELIGMAN

DE BRASÍLIA

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Carlos Ayres Britto, disse que o cálculo das penas do mensalão é um "périplo", mas espera que a corte agilize esta parte do julgamento a partir da semana que vem.

"Dosimetria é dose (...) É um périplo. Vamos ver se a gente deslancha", afirmou.

Ele também foi questionado sobre se poderia adiantar o seu voto caso se aposente antes do final do julgamento. "É válido, é legítimo antecipar voto. Verei se deixo a minha dosimetria ou se dosimetro somente após o relator."

Ao tratar sobre as dificuldades para definir a dosimetria das penas, Britto se referia aos problemas que surgiram durante a última semana para a definição das punições do empresário Marcos Valério, o operador do mensalão, e de seu sócio Ramon Hollerbach.

Em três sessões realizadas para tratar do tema, nas quais os próprios ministros esperavam conseguir resolver a situação de todos os 25 condenados no processo, a corte se deparou com uma série de divergências a serem adotadas e sequer chegou ao final da pena destinada a Hollerbach.

Com isso, o desfecho do mensalão foi adiado, tornando praticamente impossível que isso aconteça antes da data da aposentadoria de Britto, que completa 70 anos no dia 18 de novembro.

OFENSA

Britto minimizou o episódio em que o colega e revisor do processo do mensalão, Ricardo Lewandowski, ao votar em São Paulo, foi hostilizado por eleitores.

"Liguei para o Lewandowski e ele me disse que não recebeu hostilidade coletiva. Foi uma indelicadeza por parte de uma senhora e de um mesário", argumentou.

Para Britto, "cada ministro é livre para para votar como bem entender" e Lewandowski tem votado com transparência. "Não estamos imunes às críticas quanto a qualidade do voto e sua fundamentação, mas que não se descambe para o desacato ou a ofensa pessoal", concluiu.


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