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Análise

Discurso mostra preocupação de novo presidente com instituição

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

Uma fala curta, tranquila e direta, sem floreios e provocações, que ganhou elogios até de petistas. Assim foi o discurso de posse do primeiro presidente negro da história do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

Bem diferente do estilo muitas vezes incisivo e agressivo adotado pelo relator do julgamento do mensalão, tema ausente do seu roteiro de ontem, meio como a dizer que, agora, entra em cena o comandante do Judiciário.

Ele preferiu focar suas colocações na independência do juiz, na celeridade do Judiciário, dando destaque especial à necessidade de todos brasileiros serem tratados de forma igual pela Justiça.

Trecho bastante elogiado por um petista, o governador baiano Jaques Wagner, que repetiu a frase do novo presidente do STF de que "a noção de Justiça é indissociável da noção de igualdade".

Elogio que, a princípio, pode soar estranho. Afinal, saiu da boca de um político do PT, partido mais atingido pelas condenações do mensalão. Só que, como disse Jaques Wagner, tocou no ponto de uma "Justiça para todos".

A presidente Dilma Rousseff acompanhou atenta o discurso de Barbosa. Por vezes, demonstrou concordância, como em trechos em que o ministro defendeu mais "celeridade" e mais "igualdade" nas ações do Judiciário.

SEMELHANÇA COM DILMA

Entre assessores dos dois lados, a previsão é que a relação entre Dilma e Barbosa será cordial. Afinal, eles são parecidos, têm personalidade forte e gostam do estilo direto e curto.

Marca, por sinal, deixada por Barbosa durante a cerimônia de posse. Citou nominalmente somente a presidente Dilma, evitando citar as inúmeras autoridades ontem no STF.

Foi enfático ao dizer que deseja um Judiciário "sem firulas, floreios e rapapés", frase lida por colegas e advogados presentes à cerimônia como um recado de que será mais objetivo nas sessões do Supremo, evitando as intermináveis discussões e acelerando decisões.

Não faltou quem, porém, indagasse até quando Barbosa vai conseguir manter o estilo mais cordial à frente do STF. À saída da posse, já na fase dos cumprimentos, um assessor comentou: "Tomara que seja assim para sempre". A conferir.


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