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Fux rouba cena e toca guitarra na festa de Barbosa

Amigos estrangeiros do novo presidente do STF o chamam de o 'Obama brasileiro'

FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA

Despida de togas, becas e dos tradicionais protocolos, a comunidade jurídica de Brasília participou anteontem à noite da posse do mais novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.

Quem, de fato, roubou a cena foi seu colega Luiz Fux, que subiu ao palco, catou uma guitarra e soltou a voz.

O ministro Marco Aurélio Mello acompanhou o show na boca do palco.

Barbosa não viu a performance. Para ele, a noite foi de pop star. Não conseguiu sentar, comer e beber, ao menos em público.

Do momento em que chegou, por volta das 21h, até ir embora, já depois das 2h, era cercado pelos convidados, abraçado, beijado.

O assédio era tanto que, perto das 22h, ele não aguentou e, protegido por seguranças e assessores, deixou o salão da festa e foi tomar um ar.

OBAMA

Os amigos que vieram de outros países, impressionados com o que viam, comentavam ser impensável em seus países -França, Alemanha, Estados Unidos- um presidente de Suprema Corte com tamanha popularidade.

Ao ver a fila que se formava em torno do amigo, comentavam: "He's the brazilian Obama [Ele é o Obama brasileiro]", em referência ao presidente dos Estados Unidos.

Barbosa ganhou notoriedade por ser o relator do processo do mensalão, cujo julgamento, que já dura mais de três meses, condenou 25 réus, entre eles o homem forte dos primeiros anos do governo Lula, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

A noite passava, e Barbosa continuou até o fim cercado de gente, até que ele foi para uma sala reservada, onde uma poltrona ortopédica foi armada para ele descansar.

Lá fora, num clube de eventos, a festa corria solta, regada a uísque escocês 12 anos e espumante nacional. Uma banda brasiliense (DF Music) começou a tocar.

Na pista de dança, ministros, advogados, assessores se embalavam com músicas como "YMCA", do grupo Village People, e "I Will Survive", de Gloria Gaynor.

TIM MAIA

Mas nada foi tão comentado como a performance de Fux, que apresentou uma versão de "Um Dia de Domingo", do cantor Tim Maia.

Depois da apresentação, Fux comentou que fazia muito tempo que ele não tocava: "O importante é a gente ser bom no que faz e ser feliz".

O ministrou contou que foi aconselhado pelos colegas do Supremo a subir no palco.

"Falei com o Marco Aurélio, com o Joaquim e eles falaram: mete bronca."

Mais cedo, na sessão que empossou Barbosa, Fux havia feito o discurso de boas-vindas ao colega.

O novo vice-presidente da corte, Ricardo Lewandowski, também era homenageado na festa. Muito assediado, tirou fotos com os convidados.

Em determinando momento, ativistas do movimento negro fizeram fila para abraçá-lo e cumprimentá-lo: ele foi relator de um dos casos que declararam a constitucionalidade das cotas raciais.


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