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Relator da CPI admite tirar recomendações contra 'Veja' e Gurgel

Odair Cunha reclama que PT não saiu em seu apoio e negocia mudanças no relatório com PSB, PDT e PMDB

Parlamentar acha que partido não o defendeu das críticas quando ele pediu indiciamento do redator-chefe da revista

DE BRASÍLIA

Numa tentativa de salvar o relatório da CPI do Cachoeira, o relator, deputado federal Odair Cunha (PT-MG), admitiu ontem mudar os pontos polêmicos do texto.

Cunha admitiu tirar do texto o pedido de indiciamento do jornalista Policarpo Júnior, redator-chefe da revista "Veja" e diretor da sucursal da publicação em Brasília, para aprovar o relatório no plenário da comissão.

Investigações da Polícia Federal sobre o esquema flagraram conversas do jornalista com o empresário Carlinhos Cachoeira. Delegados responsáveis pela investigação informaram à CPI que a relação dos dois era de fonte com jornalista, o que não foi relatado no texto de Cunha. Policarpo também não foi ouvido na comissão.

"Eu tenho a convicção de que há indícios para nós produzirmos o indiciamento dele [Policarpo Júnior]. Mas se isso é um elemento de contenda, de dificuldade, para se discutir o essencial, esse não é um problema. A Polícia Federal então pode continuar a investigação desse episódio", disse Cunha.

GURGEL

Outro ponto que deve ser alterado é o pedido para que o Conselho Nacional do Ministério Público investigue o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

O procurador-geral teve o nome inserido no relatório inicial por ter atrasado, no entendimento do relator, as investigações sobre as relações de Carlinhos Cachoeira com políticos, entre eles o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO), cassado pelo Senado no dia 11 de julho.

Para a oposição, trata-se de uma vingança pelo fato de Gurgel ter pedido a condenação de políticos petistas no processo do mensalão.

O deputado avisou ao PT que a repercussão por ter incluído os dois no relatório havia inviabilizado a aprovação do seu texto e que, como o partido demorou a sair em sua defesa, havia decidido tentar um acordo. O partido havia pressionado Cunha para pedir o indiciamento do jornalista da "Veja".

RUI FALCÃO

Ontem, Odair Cunha se mostrava contrariado com o presidente nacional do PT, Rui Falcão, que não veio a público defender o indiciamento do jornalista.

Na tarde de ontem, Odair Cunha procurou integrantes do PSB, PDT e do PMDB em busca de apoio ao texto dele, que deve ser lido hoje. Nas conversas disse que apesar do recuo não vai abrir mão de que o empresário Fernando Cavendish, da Delta, seja investigado, como queriam alguns integrantes da da CPI.

A construtora é um dos principais alvos de investigação da Polícia Federal e teria ligações com o grupo de Carlinhos Cachoeira.


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