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Ministros vão ao Congresso falar de esquema

Pimentel (Desenvolvimento) não descarta que ex-assessora tenha intermediado encontros

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA DA ENVIADA A LOS CARDALES (ARGENTINA)

Senadores governistas fizeram acordo ontem com membros da oposição para levar o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Luís Inácio Adams, ao Congresso para falar do esquema de corrupção revelado pela Polícia Federal na Operação Porto Seguro.

O acordo tem o objetivo de evitar a convocação de pessoas investigadas no caso, como Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, e José Weber Holanda, que era o braço direito de Adams. Ambos foram exonerados dos cargos após serem indiciados pela PF.

Líderes governistas convenceram senadores da Comissão de Fiscalização e Controle a não colocar em votação convites para Rosemary, Weber e os irmãos Paulo e Rubens Vieira, indiciados, depor.

Em contrapartida, firmaram compromisso para que Adams e Cardozo falem em comissões do Senado. Os dois serão convidados a depor, e não convocados, o que os desobriga de comparecer.

PIMENTEL

Depois de ter o nome citado em gravação telefônica da Operação Porto Seguro, o ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento) não descarta que um dos alvos da investigação de venda de pareceres tenha tentado agendar encontros com ele.

Questionado se Rosemary lhe pediu para agendar reuniões e receber empresários, Pimentel disse que a ex-servidora nunca tratou de agenda direto com ele. Mas admitiu que Rose, como era conhecida, pode ter entrado em contato com seu gabinete.

"[Rose] pode ter ligado para o pessoal da assessoria do gabinete, aí não posso garantir. Mas direto comigo não", disse o ministro.

Ele participa de encontro organizado pela União Industrial Argentina com empresários e representantes dos governos brasileiro e argentino.

Como a Folha informou ontem, gravação obtida com autorização judicial mostra um dos alvos da operação, Paulo Vieira, dizendo que reunião intermediada por ele com Pimentel foi marcada diretamente e fora da agenda do ministro.

O encontro seria com Alípio Gusmão, da Bracelpa (Associação Brasileira de Papel e Celulose).

Em um diálogo de 23 de maio deste ano, Vieira avisa a secretária de Alípio que a reunião foi marcada diretamente com o ministro para o dia 6 de junho.

Pimentel se encontrou com o representante da Bracelpa, mas diz que a reunião não precisava de ser intermediada por ninguém. "A Bracelpa tem acesso direto ao gabinete, não precisa de intermediação." Pimentel, contudo, não soube precisar quem marcou o encontro.


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