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Comissão quer transformar antigo DOI-Codi em memorial

DE SÃO PAULO

Prédio que abrigou um dos mais temidos centros de repressão em São Paulo durante a ditadura (1964-85), o DOI-Codi pode virar um memorial contra a tortura se o seu tombamento for aprovado.

A proposta foi debatida anteontem em audiência pública da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo, que discutiu os possíveis usos do extinto DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações do Centro de Operação de Defesa Interna).

Hoje, no local, (rua Tutoia, 921), fica o 36º DP da capital.

"Nossa proposta é que seja um memorial da luta contra a tortura", disse o ex-preso político Ivan Seixas, cujo pai, Joaquim Seixas, foi morto no local em 1971.

"Ali aconteceu de tudo", afirmou ele. "As pessoas que moravam em volta ouviam os gritos de tortura o dia inteiro. Isso não pode ser à toa."

Presidente do Conselho de Defesa da Pessoa Humana, Seixas deu entrada, em abril de 2010, no pedido de tombamento do complexo junto ao Condephaat, o conselho de defesa do patrimônio.

A procuradora-regional da República Sandra Kishi disse que a preservação do espaço deve ocorrer por sua importância imaterial. "O que estamos preservando são os valores culturais ligados a uma memória coletiva."

Em maio passado, o Condephaat emitiu parecer autorizando abertura do processo que analisará o tombamento. A expectativa, segundo Seixas, é que até o início de 2013 haja uma definição.


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