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Mensalão - o julgamento

Sem prisão já, condenados só vão para a cadeia em 2014, diz Gurgel

Segundo o procurador-geral da República, é 'perfeitamente admissível' a detenção imediata

Gurgel, que deve apresentar pedido nesta semana, também defende a perda de mandato de deputados

DE BRASÍLIA

Na reta final do mensalão, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse ontem que, se não houver a prisão imediata, os 25 condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) só irão para a cadeia a partir de 2014.

Gurgel afirmou que no mensalão é "perfeitamente admissível" a prisão imediata, além da perda automática do mandato dos três deputados considerados culpados.

"Se não houver prisão imediata como requerida pelo Ministério Público, o meu horizonte para cumprimento dessa decisão é bem mais longo, talvez 2014, ou bem depois, porque o nosso sistema processual prevê esses recursos", disse.

Segundo Gurgel, não é preciso esperar o julgamento dos recursos porque não há nenhuma medida nesse caso que possa reverter a decisão do plenário do Supremo.

Parte das defesas dos réus, no entanto, promete entrar com um recurso pedindo um novo julgamento, o chamado embargo infringente, previsto para casos que registraram mais de quatro votos divergentes. Ministros do Supremo, no entanto, consideram que essas reclamações devem ser rejeitadas.

Entre os 25 condenados, 13 tiveram penas acima de oito anos de prisão e vão cumprir a sentença inicialmente em regime fechado, como o ex-ministro José Dirceu e o deputado João Paulo Cunha, além do operador do esquema, Marcos Valério, e a dona do Banco Rural Kátia Rabello.

O pedido do Ministério Público de prisão imediata deve ser apresentado nos próximos dias ao STF, assim como a perda automática do mandato dos deputados João Paulo Cunha (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT).

FUX

Gurgel saiu ontem em defesa do ministro do STF Luiz Fux e disse que não houve "nada irregular" nos contatos dele com réus do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu, quando articulava sua indicação para o tribunal.

O procurador-geral ligou a informação ao que chamou de campanha de desmoralização do Supremo e do Ministério Público, patrocinada por "inconformados com o resultado do julgamento", que teria ainda tentado incluir o nome dele no relatório da CPI do Cachoeira.

Reportagem da Folha publicada anteontem revelou que, em campanha para o Supremo, o ministro se reuniu com José Dirceu, o mais célebre réu do mensalão, além do deputado João Paulo Cunha, também condenado.

Gurgel minimizou as articulações de Fux e elogiou sua atuação no cargo, que ele ocupa desde 2011, quando foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff.


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