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Prefeito de Porto Velho é afastado por suspeita de fraude em licitação
Petista, que teve secretários presos, nega envolvimento em esquema
O prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), foi afastado ontem do cargo por suspeita de envolvimento em uma quadrilha na prefeitura que desviava recursos por meio de fraudes em licitações.
Sobrinho teve os sigilos fiscal e bancário quebrados com a deflagração de uma operação conjunta da Polícia Federal e do Ministério Público.
Ele também foi impedido de deixar a cidade e de se aproximar de órgãos públicos.
Dos 19 presos até a conclusão desta edição, quatro são secretários da gestão Sobrinho. O secretário de Esportes do Estado também foi detido.
Segundo a apuração, iniciada em 2011, servidores públicos, empresários e laranjas fraudavam contratos de prestação de serviços firmados entre 2005 e 2012, período da gestão de Sobrinho.
A investigação foi dividida em duas operações: Endemia, que apura crimes de competência federal, e Vórtice, sobre delitos de atribuição da Justiça do Estado. As licitações sob suspeita somam R$ 129 milhões.
A operação Endemia investiga o possível desvio de R$ 5 milhões de R$ 14 milhões repassados pela União para ações de combate a doenças endêmicas em Porto Velho.
A Vórtice apura desvios em licitações para fornecimento de máquinas e carros.
Entre os crimes em apuração estão formação de quadrilha, fraudes em licitação, corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro.
O vice-prefeito, Emerson Castro (PMDB), assumiu a gestão. A PF não descartava pedir a prisão de Sobrinho.
O prefeito negou envolvimento e se disse "injustiçado". Afirmou que o Tribunal de Contas do Estado mandou continuar uma licitação de serviços urbanos que ele próprio cancelara por suspeitar de fraudes.
