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Mundo

Agenda lotada aguarda EUA e China

FÁBIO ZANINI EDITOR DE “MUNDO”

A dupla que hoje domina o mundo -EUA e China- estará bastante ocupada em 2013. Os americanos têm em Barack Obama um presidente revigorado em busca de um legado. Uma reforma imigratória, em que mais descendentes de latinos passem a ter direitos de cidadãos americanos, é uma boa aposta de agenda positiva para o ano que vem. Após o massacre de crianças em Connecticut, algum tipo de controle de armas entrou na agenda. Mas vencer o lobby dos atiradores é mais difícil do que o presidente tenta fazer crer.

A outra metade do G2 empossa como presidente Xi Jinping em março (desde novembro ele já chefia o Partido Comunista). Pode-se esperar da nova liderança chinesa tudo, até uma chacoalhada política no país. Democracia ao estilo ocidental está fora de questão, mas eleições controladas para postos locais podem ocorrer. O maior risco é o de que a nova musculatura militar chinesa acabe em crise séria com os japoneses, por causa de ilhotas no Pacífico.

O Oriente Médio continuará a encher páginas de jornal. Israel vai atacar o Irã? Difícil, mas quem se arrisca a descartar a possibilidade? Menos provável é um reinício sério das negociações com palestinos, mas, de novo, nada é impossível. Um governo de direita reeleito em Israel e o Hamas fortalecido em Gaza podem ter um momento Nixon vai à China: apenas os radicais têm um colchão político para fazer concessões.

Ainda na região, o Egito deve se consolidar como um Estado islâmico light (mais islâmico do que light, é verdade). Bashar Assad dificilmente chegará ao próximo Natal no poder, mas muita gente também previa que ele não comeria castanhas no 25 de dezembro passado.

Grandes personalidades continuarão ditando muito da política internacional em 2013. O quase certo afastamento de Hugo Chávez afetará intensamente o país que ele moldou ao redor de si nos últimos 14 anos, a Venezuela. O fim do mandato de Mahmoud Ahmadinejad, em agosto, poderá tirar o Irã um pouco da condição de pária. Da reeleição de Angela Merkel, em setembro, depende o futuro do euro. E um espectro assombra os mercados: a volta de Berlusconi, em fevereiro. Improvável, mas nunca subestime a capacidade italiana de transformar o mundo em uma ópera-bufa.


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